CONTINENTE
EUROPEU
A Europa é o segundo menor continente do mundo depois da Oceania, tendo uma
extensão de 10.530.751²,
representando 7% das terras emersas. Estritamente, a Europa, como a Oceania,
deixam de estar categorizadas como continentes e são consideradas
Macro-Unidades Geográficas, já que efetivamente, no caso da Europa esta
macrounidade geográfica é um prolongamento ocidental do continente eurasiático.
Dessa maneira, levando-se em conta apenas
os aspectos físicos, a Europa em si não constitui um continente, mas uma
grande península do continente eurasiano. Entretanto, considerando a
história - bem como as características populacionais e, principalmente,
culturais -, podemos notar que, na Eurásia, a Europa e a Ásia são duas
realidades distintas, o que justifica estudá-las separadamente, como
continentes isolados.
HIDROGRAFIA
A
costa européia é extensa e sofre influência das águas do Oceano Glacial Ártico
e Atlântico, além de mares menores como o Cáspio e o Negro. A Europa é
uma península e o seu litoral é composto por várias delas e inúmeras
ilhas, dentre elas as principais são: ao norte, A península da
Jutlãntica, península Escandinava; a oeste, ilhas Britânicas, ilha da
Irlanda e ao sul a Península Ibérica, Itálica e Balcânica, além das
ilhas de Creta, Sílicia, Sardenha, Córsega e Baleares. Rio Volga é o
mais extenso rio europeu (3.688 km). Nasce no Planalto de Valdai, atravessa a
planície russa e desemboca no Már Cáspio.
O rio Reno é o mais importante rio europeu, devido ao intenso
transporte de matérias-primas e produtos industrializados através dele. Nasce
nos Alpes (suiços), atravessa o Lago Constança, passa por um pequeno trecho da
França, liga a grande região industrial da Alemanha e desemboca no Mar do Norte
(na Holanda), junto à sua desembocadura encontra-se o Porto de Rotterdã,
o maior da Europa. O Rio Danúbio é
o "internacional" da Europa, pois atravessa vários países: Alemanha,
Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Iugoslávia, Bulgária e Romênia.
Banha as cidades de Viena, Budapeste e Belgrado. Sua foz faz a fronteira entre
a Romênia e a Ucrânia. Em geral são rios de planícies favorecendo a
navegação e escoamento dos produtos. Porém os Alpes e Pirineus
são aproveitados como formadores de quedas d’água aproveitadas na geração de
energia em usinas hidrelétricas. No
continente europeu há a ligação do Mar do Norte até o Mar Negro através dos
rios Reno, e Danúbio.
A Europa apresenta uma grande quantidade de rios, que deságuam ora
diretamente no oceano, ora em lagos, mares ou outros rios. Desse emaranhado
fluvial, destacam-se as bacias: do rio Reno, que nasce na Suíça, serve de fronteira entre a França e
a Alemanha, onde banha uma das regiões mais industrializadas de toda a Europa,
e deságua nos Países Baixos (porto de Roterdã). Por ser largamente utilizado na
navegação, o Reno interliga-se a outros rios através de canais.
do rio Danúbio, que nasce no maciço da Floresta Negra, na Alemanha,
drena importantes rios do centro-sul europeu e deságua no Mar Negro. Além da
Alemanha, banha os seguintes países: Áustria, Eslováquia, Hungria, Sérvia,
Bulgária, Romênia e Ucrânia. do rio Volga, o maior rio europeu, cuja
nascente se localiza nas planalto de Valdai, na Rússia, drenando muitos
afluentes até deságuar no Mar Cáspio.
Além da grande quantidade de rios e de mares, a hidrografia europeia
apresenta ainda muitos lagos, como os de Zurique, na Suíça, e os lagos
glaciários que ainda aparecem nas planícies do noroeste da Rússia, na
Escandinávia e sobretudo na Finlândia, considerada "o país dos
lagos", por concentrá-los em maior número.
Embora haja cadeias de montanhas, as formas de relevo predominantes na
Europa são as planícies, que apresentam duas características muito
positivas: um solo geralmente fértil e favorável à agricultura e grande
facilidade para o estabelecimento de vias de comunicação. Os planaltos mais
elevados e as montanhas não chegam a cobrir 35% do território europeu e, por
essa razão, a altitude média das terras da Europa é de apenas 340 metros. De
maneira geral, portanto, no relevo europeu predominam elevações modestas,
e são muito comuns as planícies, principalmente na metade norte do continente e
em toda a porção leste, onde aparece a grande Planície Russa. Além dessa,
merecem destaque a Planície Húngara, percorrida pelo rio Danúbio. A PlaníA
Europa é um continente com um relevo pouco acidentado, se comparada com outros
continente. Em termos de relevo, podemos considerar quexistem três grandes
conjuntos morfológicos: as planícies, os
planaltos e as montanhas. Grande parte
do território é constituído pela grande
Planície Central Européia que se estende desde a costa
ocidental da França e vai até aos Montes Urais, no limite
com a Ásia. Os planaltos localizam-se no interior da Europa, principalmente a
Sul da Grande Planície Européia. Nesta zona planáltica destacam-se alguns
relevos muito antigos de formas arredondadas e pouco elevados (com altitudes
inferiores a 2.000 metros) As montanhas
mais jovens localizam-se sobretudo no sul da Europa. São montanhas de altitude
elevada (superior a 2.500 metros) e apresentam declives muito acentuado cie Germano-Polonesa, de tipo fluvial,
estende do interior para o litoral norte do continente.
Os Pireneus, tal como os Alpes,
são uma formação montanhosa de idade recente que separa a Península Ibérica da França. Oseu
pico de maior altitude é o pico Aneto com 3.404 metros e que se localiza em
território espanhol. Extensas planícies sedimentares predominantes, como bacias
de Londres, Parisiense, Germano- Polonesa e Russa (a mais extensa) éa grande Planície
Central Européia que se estende desde a
costa ocidental da França e vai até aos Montes Urais, no limite com a Ásia.
Escudos e Maciços Antigos são formados por rochas magmáticas e metamórficas antigas, da Era
pré-cambriana. São áreas ricas em minerais metálicos como ferro,manganês, ouro,
prata, etc. Essas áreas possuem mais de 800 milhões de anos.
As cadeias montanhosas recentes são formações de aproximadamente 200
milhões de
anos. Se formaram na era Mesozóica e na Cenozóica. Èuma região de
grande atividade sísmica e vulcânica, pois fica em fronteira de placas
tectônica
As bacias sedimentares e as planícies
européias ocupam a porção norte- nordeste do
continente europeu. As áreas mais antigas são ricas em carvão mineral e em
petróleo. O relevo plano e baixo facilita a navegação já que os rios são de planície.
VEGETAÇÃO
Atualmente,
a maior parte das formações vegetais da Europa já foi destruída, abrindo espaço
para a ocupação agrícola ou para a expansão urbana. Como em todo o mundo, as
formações vegetais originais da Europa dependem dos tipos de clima e,
consequentemente, dos tipos de solo. Assim, na Península Escandinava e na
Rússia, junto ao Oceano Glacial Ártico, aparece a tundra.
Ao sul
dessa formação vegetal, a elevação da temperatura vai favorecendo,
primeiramente, o desenvolvimento da taiga e ou floresta
de coníferas, que ocupam grande parte da Suécia, Noruega e Finlândia. Nas áreas de clima temperado oceânico,
onde por influência do oceano a umidade é maior, é muito comum a floresta
temperada, formada por coníferas e árvores de folhas caducas; essa foi a
formação vegetal originalmente dominante, mas hoje é conservada apenas nos
maciços montanhosos.
Nas
áreas mais secas, dominadas pelo clima temperado continental, próximo aos mares
Negro e Cáspio surge vasta extensão de estepes, nas áreas mais secas, e pradarias,
nas áreas mais úmidas, com uma vegetação rasteira que em alguns trechos lembra
os pampas do Rio Grande do Sul.
No sul
da Europa, o clima mediterrâneo, com suas características subtropicais bastante
amenizadas pelo Oceano Atlântico, favorece o desenvolvimento de florestas, que
hoje, degradadas, apresentam-se como capões de vegetação descontínua,
conhecidas como maquis, em áreas de solos arenosos, ou como garrigue, em áreas
de terrenos calcários. Essa vegetação é comumente chamada de mediterrânea.
Todo o
leste da Europa, ocupado pela Rússia europeia, apresenta a mesma distribuição
vegetal do restante do continente: a tundra - no extremo norte -, a taiga,
as pradarias e as estepe constituem as formações vegetais dominantes.
CLIMA
A Europa apresenta na maior parte
de seu território, clima temperado, com estações bem definidas, sem excessos de
temperatura, pluviosidade ou queda de neve. Somente no extremo norte e em
altitudes elevadas, nas cordilheiras, são encontradas temperaturas não muito
propícias à atividade humana. As
condições climáticas extremamente favoráveis da Europa de maneira geral
resultam da combinação de quatro fatores: 1. a maior parte das terras europeias
encontra-se em latitudes médias, entre 35 e 70 graus de latitude norte; 2. o
continente é rodeado por muitos mares e os recortes de litoral não favorecem
mudanças bruscas de temperaturas; 3. o
continente recebe, o ano inteiro, ventos do oeste, que levam a umidade do
Atlântico até o interior;
4. a Corrente do Golfo leva águas aquecidas até o litoral das Ilhas
Britânicas e da Península Escandinava, contribuindo 4. para o equilíbrio
térmico das latitudes mais altas, sobretudo ao longo da costa ocidental.
A
combinação desses fatores favorece o domínio, na Europa Ocidental, do clima
temperado oceânico, úmido e sem grandes variações de temperatura. Aparecem
ainda, na Europa Oriental e em parte da Península Escandinava e da Rússia, o
clima temperado continental — mais seco, com verões quentes e chuvosos e
invernos extremamente frios — e o clima polar — com invernos rigorosos e verões
curtos, que caracteriza uma parte da Península Escandinava e da Rússia europeia.
DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL
No continente europeu não existem regiões extensas que apresentem vazios
demográficos, como os que encontramos em desertos, áreas florestais ou de altas
latitudes. No entanto, a população
européia não apresenta distribuição uniforme, sendo bastante densa próxima às
grandes cidades e nas partes industrializadas do ocidente europeu (vale do
Ruhr, Amsterdã, Londres, norte da Itália). Mais ao norte (península Escandinava),
devido às baixas temperaturas, e nas áreas montanhosas do sul (Alpes), o
povoamento apresenta-se mais esparso. Por ser a porção menos desenvolvida
economicamente, a parte meridional da Europa - que abrange as penínsulas,
Ibérica, Itálica e Balcânica - tem uma grande parcela da população ligada ao
setor agropecuário. Dessas saíram muitos
emigrantes para as áreas mais industrializadas do continente. Atualmente, os
países mais desenvolvidos, que receberam milhares de imigrantes na década de
1970, declararam-se incapazes de
Nos países nórdicos, devido aos obstáculos oferecidos pelo clima, a
população é pouco numerosa em relação ao grande território; as maiores
concentrações populacionais aparecem nas áreas urbanas do centro-sul da região.
Esses países proporcionam aos cidadãos excelentes condições de saúde, instrução
e habitação, sendo o PIB per capita bastante alto e a assistência social a mais
completa do mundo. A cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, é a mais
populosa da região. O Leste Europeu, incluindo a Rússia,
abriga uma população de aproximadamente 323 milhões de habitantes, pertencentes
a diversas etnias. Na Rússia, a ocupação do espaço não é uniforme; áreas
extremamente povoadas, sobretudo a oeste, alternam com outras praticamente
vazias. Moscou e São Petersburgo são os mais importantes centros urbanos. Os países mais urbanizados da Europa
localizam-se na porção centro-ocidental do continente, como o Reino Unido, a
França, a Bélgica, os Países Baixos, a Alemanha e o norte da Itália.
A ECONOMIA DA EUROPA
É a maior do mundo. Muitos de seus estados
pertencem ao primeiro mundo. No século
XIX se realiza a primeira integração moderna da economia de vários estados
europeus através da União Aduaneira da Alemanha. A Alemanha é
economicamente a nação mais poderosa de Europa, seguida por França, o Reino
Unido, Itália e Espanha, ainda que o país mais rico, em renda
per capita, é a República da Irlanda, o país que quando entrou na União
Europeia, era o mais pobre do grupo. Existe
uma grande disparidade na riqueza econômica dos diferentes países
europeus, assim, enquanto nas cinco principais economias o PIB supera os 20 mil
euros por pessoa, Moldaria mal ultrapassa os dois mil. Boa parte da dinâmica econômica do continente
se emoldura dentro do funcionamento da União Européia. Uma das particularidades
da economia européia é que vários estados de pouca extensão territorial, sem
maiores recursos naturais e sem possuir costas, contam com economias prósperas
e um elevado nível de vida. Tal é o caso do Luxemburgo, da Suíça ou do
Liechtenstein, bem como do Mônaco, ainda que este último possui costas sobre o
Mediterrâneo.
A principal região industrial da
Europa Ocidental localiza-se nos vales dos rios Ruhr e Reno, com a presença de
ricas jazidas de minério de ferro e carvão mineral, que propiciaram o
desenvolvimento de uma importante indústria pesada (siderurgia, metalurgia e
extração mineral). Além disso, a indústria alemã pode ser evidenciada por seu
alto grau de modernização, com a presença da tecnologia nos mais diversos ramos
do setor produtivo. A diversificada indústria alemã, país mais
industrializado do continente, com destaque para os setores siderúrgico, naval,
mecânico, químico, eletro técnico, têxtil, alimentício, de aparelhos ópticos e farmacêuticos
e, mais recentemente, de microeletrônica, de engenharia elétrica e da indústria
de instrumentos de precisão.
Graças às abundantes reservas
carboníferas existentes em seu território e à grande importação de outras
matérias-primas, o Reino Unido país transformou-se em centro
econômico-industrial, no século XIX."
Características que se aplicam
à Europa da atualidade
- A configuração de duas Europas,
a ocidental, privilegiada no plano econômico, e a oriental, empobrecida e
atingida por crises políticas, sociais e econômicas e por conflitos armados.
-
A ocorrência de manifestações, especialmente contra os imigrantes,
acusados de consumir recursos destinados à solução de problemas sociais, em
detrimento da população nativa dos países europeus que os acolheram.
-
O aprofundamento e a extensão de experiências de integração econômica,
iniciadas após a II Guerra Mundial, que, dado seu caráter supranacional, têm se
apresentado como um modelo para a reestruturação política do mundo no século
XXI.
- O
ressurgimento de movimentos nacionalistas e separatistas, que se constroem nas
diferenças étnicas ou religiosas e contrariam a versão de que esses são
movimentos do passado ou de áreas menos desenvolvidas
O Leste
Europeu busca uma maior aproximação com o Ocidente, visando ao possível
ingresso na União Européia. Entre os países que mais avançaram no processo
de transição da economia planificada para a de mercado, destacam-se:
República Tcheca – forte industrialização, baixo
índice de desemprego – e Eslovênia – muito industrializada, alta renda per
capita.
Após a II Guerra Mundial, a
Alemanha Ocidental recuperou-se em
curto espaço de tempo, transformando-se na mais importante potência econômica
da Europa. Dentre os fatores que explicam as causas do crescimento da
economia alemã: Combustíveis fósseis, qualificação da
mão-de-obra, densa rede de transportes, recursos do Plano Marshall,
participação do Mercado Comum Europeu.
MAPAS
São
características dos dois países representados:
Bélgica e Países Baixos.
- As
planícies são as formas de relevo predominante.
-
Apresentam grande população relativa e pequena superfície.
-
Graças ao elevado padrão técnico são exportadores de produtos agropecuários.
- Fazem
parte dos organismos econômicos: Benelux e União Européia.