HIDROGRAFIA
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Água subterrânea é toda a água que
ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios
intergranulares das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das
rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de
gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do
fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo
hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada. Após a
precipitação, parte das águas que atinge o solo se infiltra e percola no
interior do subsolo, durante períodos de tempo extremamente variáveis, decorrentes
de muitos fatores:
- porosidade
do subsolo: a presença de argila no solo diminui sua permeabilidade, não
permitindo uma grande infiltração;
- cobertura
vegetal: um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um solo
desmatado;
- inclinação
do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais rapidamente,
diminuindo a possibilidade de infiltração;
- tipo de
chuva: chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e
demoradas têm mais tempo
A superfície que separa a zona saturada da zona de aeração
é chamada de nível freático, ou seja, este nível corresponde ao topo da
zona saturada. Dependendo das
características climatológicas da região ou do volume de precipitação e
escoamento da água, esse nível pode permanecer permanentemente a grandes
profundidades, ou se aproximar da superfície horizontal do terreno, originando
as zonas encharcadas ou pantanosas, ou convertendo-se em mananciais (nascentes)
quando se aproxima da superfície através de um corte no terreno. Ocorrência
e Volume das Águas Subterrâneas. Assim
como a distribuição das águas superficiais é muito variável, a das águas
subterrâneas também é, uma vez que elas se inter-relacionam no ciclo
hidrológico e dependem das condições climatológicas. Entretanto, as águas
subterrâneas (10.360.230 km³) são aproximadamente 100 vezes mais abundantes que
as águas superficiais dos rios e lagos (92.168 km³). Embora elas encontrem-se
armazenadas nos poros e fissuras milimétricas das rochas, estas ocorrem em
grandes extensões, gerando grandes volumes de águas subterrâneas.
No Brasil, as reservas de água subterrânea são
estimadas em 112.000 km³ e a contribuição Nem todas as formações geológicas
possuem características hidrodinâmicas que possibilitem a extração econômica de
água subterrânea para atendimento de médias e grandes vazões pontuais. Na
Argentina, a contribuição multianual média à descarga dos rios é da ordem de
128 km³/ano, no Paraguai, de 41 km³/ano e no Uruguai, de 23 km³/ano.
Águas
subterrâneas no Brasil
O Brasil possui a maior reserva de água subterrânea do mundo.
Com dois terços do território formado por rochas que apresentam boas condições
para a infiltração da água e formação de aquíferos, o país tem nas reservas
subterrâneas a maior parte do seu abastecimento público de água. Toda formação
geológica em que a água pode ser armazenada e movimentada recebe o nome de
aquífero. No Brasil o mais importantes deles é o Aquífero Guarani, principal
reserva de água doce subterrânea da América do Sul e uma das maiores do mundo.
Na
América Latina, o número de pessoas abastecidas ultrapassa 150 milhões de
habitantes. No Brasil as reservas de
água subterrânea são estimadas em 112.000 km³ , até uma profundidade de
1.000m e estão distribuídas em 10
Províncias Hidrogeológicas. Essas águas são aproveitadas por fontes ou por
poços, que podem alcançar profundidades de mais de 1.500m. As vazões obtidas
variam de quase zero até cerca de 1.000m³/hora. A exploração da água
subterrânea requer uma autorização emitida por um órgão oficial estadual
credenciado, denominada de outorga, além da Licença Ambiental. Cerca de 61% da população
brasileira é abastecida para fins domésticos por águas subterrâneas, sendo 6%
por poços rasos, 12% por fontes
e 43% por poços
profundos
Em torno de 15,6% dos domicílios
utilizam exclusivamente água subterrânea
Em vários Estados, muitas cidades são abastecidas total ou parcialmente
por água do subsolo como ocorre em 80% das cidades do Piauí, 70% no Maranhão,
Rio Grande do Norte, com destaque para Natal e Mossoró; Pernambuco (Recife),
Amazonas (Manaus), Pará (Belém), Ceará (Fortaleza). Em São Paulo, cerca de
71,6% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por água
subterrânea, onde se destacam Ribeirão Preto, Pradópolis e São José do Rio
Preto. Nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, ultrapassa 70%. Outros
exemplos também ocorrem em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa
Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. Para o abastecimento de
comunidades de pequeno porte ou de áreas situadas no Polígono das Secas, as
águas subterrâneas, mesmo algumas vezes salobras, são parte importante da
solução. Na indústria nacional é forte o
incremento do uso da água de subsolo. A indústria de bebidas, com destaque para
a de água mineral e de cerveja, é uma forte usuária desse bem natural. Por
exemplo, 95% das indústrias em São Paulo são abastecidas por água de poço. Na
agricultura, como em Mossoró (RN), Vale do Gurgéia (PI), Janaúba e Araguari
(MG), há grandes projetos de irrigação com o emprego exclusivo de água
subterrânea. Na pecuária é freqüente a dessedentação de animais com água
subterrânea.
- A Bacia Sedimentar do Paraná constitui, sem dúvida, a mais importante província hidrogeológica do Brasil, com cerca de 45% das reservas de água subterrânea do território nacional, em função da sua aptidão em armazenar e liberar grandes quantidades de água e pelo fato de se encontrar nas proximidades das regiões relativamente mais povoadas e economicamente mais desenvolvidas do país, além de possuir o maior volume de água doce em sub-superfície, com reserva estimada de 50.400 km³ de água (mapa 2.3).
Tipos de
Aqüíferos
A litologia do aqüífero, ou seja, a sua constituição
geológica (porosidade/permeabilidade intergranular ou de fissuras) é que irá
determinar a velocidade da água em seu meio, a qualidade da água e a sua
qualidade como reservatório. Quanto à porosidade,
existem três tipos aqüíferos: Aqüífero
poroso ou sedimentar - é aquele formado por rochas sedimentares
consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação da
água se faz nos poros formados entre os grãos. Constituem os mais importantes
aqüíferos, pelo grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em
grandes áreas. Esses aqüíferos ocorrem nas bacias sedimentares e em todas as
várzeas onde se acumularam sedimentos arenosos..
Aqüífero fraturado ou fissural - formado por rochas ígneas,
metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se faz
nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônico. Ex.:
basalto, granitos, etc. A capacidade dessas rochas de acumularem água está
relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e intercomunicação,
permitindo a infiltração e fluxo da água. Poços perfurados nessas rochas
fornecem poucos metros cúbicos de água por hora, sendo que a possibilidade de
se ter um poço produtivo dependerá, tão somente, desse poço interceptar
fraturas capazes de conduzir a água
- Aqüífero
cárstico (Karst)
- formado em rochas calcáreas ou carbonáticas, onde a circulação da água
se faz nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram
da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir
grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos. São
aqüíferos heterogêneos, descontínuos, com águas duras, com fluxo em
canais. As rochas são os calcários, dolomitos e mármores.
Quanto à superfície superior (segundo a pressão da água), os aqüíferos podem ser de dois tipos : Aqüífero livre ou freático - é
aquele constituído por uma formação geológica permeável e superficial,
totalmente aflorante em toda a sua extensão, e limitado na base por uma camada
impermeável. A superfície superior da zona saturada está em equilíbrio com a
pressão atmosférica, com a qual se comunica livremente. Os aqüíferos livres têm
a chamada recarga direta. Em aqüíferos livres o nível da água varia segundo a
quantidade de chuva. São os aqüíferos mais comuns e mais explorados pela
população. São também os que apresentam maiores problemas de contaminação
(poços rasos)
Aqüífero confinado ou artesiano - é aquele constituído por uma formação
geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis ou
semipermeáveis. A pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a
pressão atmosférica naquele ponto, o que faz
com que a água ascenda no poçopara além da zona aqüífera. O
seu reabastecimento ou recarga, através das chuvas, dá-se preferencialmente nos
locais onde a formação aflora à superfície. Neles, o nível da água encontra-se
sob pressão, podendo causar artesianismo nos poços que captam suas águas. Os
aqüíferos confinados têm a chamada recarga indireta e quase sempre estão em
locais onde ocorrem rochas sedimentares profundas (bacias sedimentares). Em uma perfuração de um aqüífero
confinado, a água subirá acima do teto do aqüífero, devido à pressão exercida
pelo peso das camadas confinantes sobrejacentes. A. Numa perfuração de um
aqüífero livre, o nível da água não varia porque corresponde ao nível da água
no aqüífero, isto é, a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. O
nível da água é designado então de nível freático.
superexploração de
aqüíferos:
é a extração de água subterrânea
que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas do
aqüífero, iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico que
irá provocar danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso. Portanto, a água
subterrânea pode ser retirada de forma permanente e em volumes constantes, por
muitos anos, desde que esteja condicionada a estudos prévios do volume
armazenado no subsolo e das condições climáticas e geológicas de reposição. Em quase todos os continentes, muitos dos
principais aqüíferos estão sendo exauridos com uma rapidez maior do que sua
taxa natural de recarga. A mais severa exaustão de água subterrânea ocorre na
Índia, China, Estados Unidos, Norte da África e Oriente Médio, causando um
déficit hídrico mundial de cerca de 200 bilhões de metros cúbicos por ano.
Existem
diversos exemplos no mundo de esgotamento de aqüíferos por superexplotação para
uso em irrigação. O esgotamento das águas subterrâneas já provocou o
afundamento dos solos situados sobre os aqüíferos na cidade do México e na
Califórnia, Estados Unidos, assim como em outros países. No Brasil, como não há
legislação específica que discipline o uso das águas subterrâneas e coíba a
abertura de novos poços, essa franquia de ordem legal tem contribuído para
problemas de superexplotação. Outro fator que está provocando o comprometimento
da qualidade e disponibilidade hídrica dos aqüíferos reside na ocupação
inadequada de suas áreas de recarga Nos
Estados Unidos, verificou-se que o maior aqüífero desse país, o Ogallala, está
empobrecendo a uma taxa de 12 bilhões de m³ ao ano. A redução total chega a uns
325 bilhões de m³, um volume que iguala o fluxo anual dos 18 rios do estado do
Colorado. O Ogallala se estende do Texas a Dakota do Sul e suas águas alimentam
um quinto das terras irrigadas dos Estados Unidos. Muitos fazendeiros nas
pradarias altas estão abandonando a agricultura irrigada ao se conscientizarem
das conseqüências de um bombeamento excessivo e de que a água não é um recurso
inesgotável.
Segundo um estudo sobre o uso dos aqüíferos , nós estamos
explorando a água subterrânea em uma velocidade muito maior do que a capacidade
desses aquíferos se recuperarem. Os números do estudo indicam que, para
acompanhar o ritmo de exploração, os aquíferos precisariam ter área três vezes
maior. O mapa acima explica o conceito,
comparando a área atual dos aquíferos e a área que eles deveriam ter para
suportar a exploração humana A figura mostra que as áreas mais ameaçadas estão
na América do Norte, Oriente Médio e Índia. O grande culpado é a irrigação. No
Oriente Médio, por exemplo, o volume de água utilizado em irrigação no deserto
quase triplicou, e os aquíferos da região podem se esgotar em menos de 50 anos.
Os aquíferos da América do Sul, e os brasileiros, felizmente ainda não estão
sobrecarregados.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO MATO GROSSO DO SUL
O Estado
possui oito unidades aquíferas: – Aquífero Cenozóico – Bauru – Serra Geral –
Guarani – Aquidauana-Ponta Grossa – Furnas – Pré-cambriano Calcários –
Pré-cambriano. Destaque para o Aquífero Guarani, que apesar da pequena área de
afloramento é a principal reserva subterrânea de água doce da América do Sul e
um dos maiores sistemas aquíferos do mundo.
Área
aproximada: 1.194.000 km2 – 840.000 km2: Brasil – 225.000 km2: Argentina –
72.000 km2: Paraguai – 58.000 km2: Uruguai• Encontra-se em quase toda sua
extensão sobreposto por rochas basálticas pertencentes à formação Serra Geral,
cuja espessura pode chegar a 1000 metros
A área no MS
é de 213.200 km2, composto pelas
formações Pirambóia e Botucatu, sendo a áreas de afloramento com36.000 km2. O
restante da região encontra-se sobreposto pelos basaltos. A área de afloramento
no MS encontra-se predominantemente na faixa central do Estado com cerca de 100
km de largura no norte do Estado e estreitando- se em direção ao sul, chegando
a desaparecer próximo ao Município de Bela Vista, sendo recobertas pelos sedimentos
das coberturas terciárias na região de São Gabriel do Oeste. A leste do Município de Chapadão do Sul, na
divisa com o Estado de Goiás, ocorre uma estreita faixa de afloramentos com
cerca de 50 km de comprimento.
Atualmente,
o Sistema Aquífero Guarani representa um importante manancial de fornecimento
de água potável para o Estado de Mato Grosso do Sul, respondendo por 25% do
abastecimento de água da população. Vários municípios do Estado possuem
sistemas de abastecimento de água sustentados total ou parcialmente pelo SAG,
destacando-se Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Cassilândia, Inocência,
Camapuã
BACIAS HIDROGRÁFICAS
A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área
na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus
afluentes devido às suas características geográficas e topográficas. Bacia
Hidrográfica é, portanto, uma área definida topograficamente, drenada por um
curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda a vazão
efluente seja descarregada por uma simples saída. A história do homem sempre esteve muito ligada
às bacias hidrográficas: a bacia do Rio Nilo foi o berço da civilização
egípcia; os mesopotâmicos se abrigaram no valo dos Rios Tigre e Eufrates; os
hebreus, na bacia do Rio Jordão; os chineses se desenvolveram as margens dos
rios Yang – Tse e Huang Ho; os hindus, na planície dos Rios Indo e Ganges. E
isso, apenas para citar os maiores exemplos.
Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são
os “divisores de água” – cristas das elevações que separam a drenagem de uma e
outra bacia, “fundos de vale” – áreas adjacentes a rios ou córregos e que
geralmente sofrem inundações, “sub-bacias” – bacias menores, geralmente de
alguma afluente do rio principal, “nascentes”
A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis
dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para
as mais baixas.
Essa área é limitada por um divisor de águas que a separa das bacias adjacentes e que pode ser determinado nas cartas topográficas. As águas superficiais, originárias de qualquer ponto da área delimitada pelo divisor, saem da bacia passando pela seção definida e a água que precipita fora da área da bacia não contribui para o escoamento na seção considerada.
Essa área é limitada por um divisor de águas que a separa das bacias adjacentes e que pode ser determinado nas cartas topográficas. As águas superficiais, originárias de qualquer ponto da área delimitada pelo divisor, saem da bacia passando pela seção definida e a água que precipita fora da área da bacia não contribui para o escoamento na seção considerada.
RIOS COM MEANDROS
ELEMENTOS OU TERMOS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA
Leito: sulco (escavado pelas águas) que orienta o curso do rio.
Descarga ou debito fluvial: quantidade de água que passa em determinado ponto do
rio numa unidade de tempo. O rio Amazonas, por exemplo, tem uma descarga de
180.000 m³/s; isso significa que, no momento e no ponto em que foi efetuada a
medida, passava esse numero de metros cúbicos de água a cada segundo.
Afluente: curso de água que desemboca no rio principal.
Foz:
ponto em que o rio desemboca .
Exorréicas:
quando as águas drenam direto para o mar;
Endorréicas; quando as águas caem em um lago ou mar fechado. Arréicas: quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos;
Endorréicas; quando as águas caem em um lago ou mar fechado. Arréicas: quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos;
Criptorréica: quando o rio se infiltra no solo sem alimentar lençóis
freáticos ou evapora.
Cheia: que
habitualmente ocorre em períodos do ano de concentrada precipitação, em que o
rio transborda das suas margens, inundando as áreas próximas e ocupando o seu
leito de inundação.
Estiagem: quando a precipitação escasseia e a evaporação aumenta, fazendo com que
o caudal dos cursos de água diminua, ficando o leito reduzido ao leito de
estiagem ou mesmo se extinga por completo.
De grande importância no estudo das BH é o conhecimento do
sistema de drenagem, ou seja, que tipo de curso d’água está drenando a região.
Uma maneira utilizada para classificar os cursos d’água é a de tomar como base
a constância do escoamento
com o que se determinam três tipos:
a) Perenes: contém água durante todo o tempo. O lençol
freático mantém uma alimentação contínua e não desce nunca abaixo do leito do
curso d’água, mesmo durante as secas mais severas.
b) Intermitentes: em geral, escoam durante as estações de
chuvas e secam nas de estiagem. Durante as estações chuvosas, transportam todos
os tipos de deflúvio, pois o lençol d’água subterrâneo conserva-se acima do
leito fluvial e alimentando o curso d’água, o que não ocorre na época de
estiagem, quando o lençol freático se encontra em um nível inferior ao do
leito.
c) Efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os
períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial. A superfície
freática se encontra sempre a um nível inferior ao do leito fluvial, não
havendo a possibilidade de escoamento de deflúvio subterrâneo.
BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAGUAI
Área de 187,6 mil Km2 (52,54% do Estado). Os rios mais importantes
são:Taquari, Negro, Apa e Miranda
(margens esquerda do rio Paraguai, sendo a maior bacia hidrográfica em extensão
da região Centro-Oeste. Os rios que
drenam a planície do pantanal a inundam, tornando a maior planície alagada do mundo, sendo as
causas básicas da inundação a pouca declividade e o predomínio dos solos
planossolo e podzólico hidromórfico (pouca drenagem e argiloso)
Nasce na serra do Aporé (MT), sendo a
maior parte da bacia situada no Paraguai, Bolívia e Argentina, sendo o rio
Paraguai predominantemente de planície, com grande navegabilidade e pouco
aproveitamento hidrelétrico. Em sua hidrovia transporta-se principalmente o
minério de manganês de Urucum. Os portos se localizam-se em Corumbá, Ladário,
Porto Esperança e Porto Murtinho.
Como
o clima da região intercala estações secas e estações chuvosas, essa planície
fica coberta por um lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos
meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas
de baías. Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se
umas com as outras através de canais chamados de corichos. Dos rios do Pantanal
Mato-Grossense, o rio Paraguai é o principal rio, pois ele corta toda essa
região. planície, com grande navegabilidade e pouco aproveitamento
hidrelétrico. A bacia do rio Paraguai
possui declividade baixíssima, em torno de 2 a 3 cm/km. Isto caracteriza os
rios como sendo de planície ou de baixo curso. Eles são os mais favoráveis à
navegação e apresentam pequeno gradiente de nível. É comum haver bifurcações
(paranás, igarapés), que formam ilhas fluviais e criam alternativas para a
navegação.
BACIA HIDROGRÁFICA DO PARANÁ:
Possui uma área de 169,5 mil km2 (47,6% do Estado). O rio Paraná nasce da
confluência dos rios Paranaíba e Rio Grande, tendo o maior aproveitamento
hidrelétrico. As mercadorias mais transportadas na hidrovia Paraná são: Farelo
de Soja• Soja• Areia
IMPORTÂNCIA DA HIDROVIA PARANÁ Região de 76 milhões de hectares
(SP, PR, MS, GO, MG)
• Geração de quase a metade do PIB brasileiro
• Integração às ferrovias, rodovias e dutovias regionais e
federais, formando um sistema multimodal de escoamento da produção agrícola
local para exportação.
• Mercosul: área de influência do rio Paraná
• Importância social e turística.
A referida
bacia Hidrográfica é composta pelo rio Paraná e seus afluentes, destacando-se
os rios Aporé, Sucuriú, Verde, Pardo, Ivinhema, Amambai e Iguatemi. Possui um
imenso potencial hidrelétrico, em parte jáaproveitado, como é o caso do rio
Pardo, onde está implantada a Usina de Salto.
Na região
fronteiriça com o Estado de São Paulo, estão implantadas as Usinas de Jupiá e
de Ilha Solteira, integrando o Complexo Urubupungá, sendo que ainda há, nessa
região, a Usina de Porto Primavera. A bacia do rio Paraná possui,
aproximadamente, 171.558 km² de área,relevo de topografia suave (variando de
200m a 600m)). Com solos predominantemente arenosos em suas porções nordeste,
leste e sul, recobertos pelo Cerrado, e solo mais fértil, de origem basáltica -
a terra roxa, em sua área a sudoeste, nas bacias dos rios Brilhante, Dourados e
Vacaria
MATERIAL DE APOIO -
HIDROGRAFIA
DICA I
O rio São
Francisco, no Brasil, e o rio Nilo, na África, apesar de suas diferenças de
extensão, traçado e paisagens percorridas, oferecem algumas sugestivas
analogias geográficas. Isto ocorre porque apresentam:
-
longos
cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas quentes muito
contrastantes, inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas em áreas
úmidas.
DICA
II A figura abaixo representa as partes que
compõem um vale fluvial:
A seqüência CORRETA de 1 a
6 é:
1: interflúvio
2: vertente
3: várzea
4:Leito
5: talvegue
6: vale
DICA
III
A
vasta rede hidrográfica é um elemento natural muito marcante na paisagem
brasileira. As bacias hidrográficas, no mapa com os números 1, 2, 3 identificas
correspondem as bacias hidrográficas: do
São Francisco; Araguaia –Tocantins e Paraguai
DICA
IV
Alguns problemas estruturai podem acentuar as enchentes.
- Despejo desordenado do lixo urbano.
-
Impermeabilização do solo urbano.
- Crescimento de loteamentos junto aos
cursos fluviais.
- Expansão
da rede de circulação viária em avenidas de fundo de vale.
DICA
V
O caminho percorrido por um rio, desde a nascente até a foz, chama-se
curso
DICA
VI
Com relação ao ciclo hidrológico e
seus efeitos sobre a poluição das águas, são feitas as seguintes afirmações
corretas:
- A mais importante entrada para o ciclo hidrológico são as
precipitações, e as mais importantes saídas são a evaporação e a transpiração.
- Os agrotóxicos utilizados nas lavouras escoam por ação da chuva e
penetram nos lençóis freáticos, poluindo os rios.