terça-feira, 13 de maio de 2014

continente AFRICANO_FISICO e HUMANO

CONTINENTE AFRICANO
ASPECTOS FISICOS,  ECONÔMICOS E SOCIAIS
A África é um  continente com, aproximadamente, 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.
África - Aspectos físicos
 A África está separada da Europa pelo mar Mediterrâneo e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo istmo de Suez. No entanto, a África ocupa uma única placa tectônica, ao contrário da Europa que partilha com a Ásia a Placa Euro-asiática. Ao norte, é banhada pelo oceano Atlântico na sua costa ocidental e pelo oceano Índico do lado oriental.  
            Com a exceção da costa norte e dos montes Atlas, o território africano é um planalto vasto e ondulado, desfigurado por grandes bacias. Em geral, a altitude do continente aumenta de noroeste para sudeste. As faixas litorâneas baixas, com exceção da costa mediterrânea e da costa da Guiné, são estreitas e elevam-se bruscamente em direção ao planalto. A característica peculiar do planalto setentrional é o Saara, que se estende por mais de um quarto do território africano. Os planaltos central e meridional englobam várias depressões importantes, em especial a bacia do rio Congo e o deserto de Kalahari..
 As montanhas orientais, que constituem a parte mais alta do continente, se prolongam desde o mar Vermelho até o rio Zambeze. Ao sul do planalto etíope, erguem-se vários picos vulcânicos, como o monte Kilimanjaro, o Quênia e o Elgon. Um elemento topográfico característico é o Rift Valley. A oeste, fica a cordilheira Ruwenzori. Há poucos rios na África, mas grandes e extensos como o Rio Nilo com mais de 6.500 km de extensão. Existem também o Rio Niger, Rio Congo ou Rio Zaire, Rio Zambeze, Rio Orange e outros.
Relevo: O relevo africano se caracteriza pelo predomínio de imensos tabuleiros (planaltos pouco elevados) e considerável altitude média – cerca de 750 metros. As regiões central e norte são ocupadas, em sua totalidade, por planaltos intensamente erodidos, constituídos de rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Há 200 milhões de anos a África fazia parte, juntamente com a América do Sul, do supercontinente de Gondwana. A separação formou o oceano Atlântico e isolou os dois continentes, que ainda têm algumas semelhanças de estrutura geológica e formas de relevo.
            O norte predomina área planáltica, ampla e desértica – o Saara – que se estende do oceano Atlântico ao mar Vermelho. No nordeste do deserto encontra-se a Cadeia do Atlas, que ocupa a região norte do Marrocos, da Argélia e da Tunísia. Sua formação recente apresenta montanhas cujos picos chegam a atingir 4.000 metros de altura; nesta região, o subsolo apresenta significativas reservas de petróleo, gás natural, ferro, urânio e fosfato, além de representar grande importância para a geografia local, pois ela barra os ventos úmidos, favorecendo a formação de rios temporários.
            No leste encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: uma falha geológica estendendo-se de norte a sul, o Grande Vale do Rift, uma fenda tectônica em que se sucedem montanhas, algumas de origem vulcânica e grandes depressões. Nessa região se localizam os maiores lagos do continente, circundados por altas montanhas, como o o Quilimanjaro (5.895 m) e o monte Quênia (5.199 m). O Rift Valley é um fenômeno geológico que ocorreu há milhões de anos atrás, quando as placas tectônicas  da África e da Arábia no continente asiático, afastaram-se uma da outra formando uma grande falha geológica. A extensão do Rift Valley é de cerca de 6.500 quilômetros.
É exatamente nesta região do Oriente Médio que se encontra o ponto mais baixo da Terra, o mar Morto , com uma altitude de 400 metros negativos - abaixo do nível do mar. Essa falha  geológica chamada de Rift Valley,  se estende desde Moçambique no sudeste da África, corta o mar Vermelho, passa pelo vale do rio Jordão no limite entre Israel e Jordânia e chega ao planalto da Anatólia norte da Síria.


CLIMA
Podem-se distinguir sete zonas climáticas e de vegetação. No centro do continente e na costa oriental de Madagascar, o clima e a vegetação são tropicais. O clima da costa de Guiné assemelha-se ao clima equatorial, mas tem apenas uma estação de chuvas. No norte e no sul, o clima próprio de floresta tropical é substituído por uma zona de clima tropical de savana que envolve um-quinto da África. Longe do equador, ao norte e ao sul, a zona do clima de savana transforma-se em uma zona de estepe seca. As zonas das extremidades noroeste e sudoeste são de clima mediterrâneo. Nos planaltos elevados da África meridional, o clima é temperado. A África tem uma área de clima árido, ou desértico, maior do que em qualquer outro continente, com exceção da Austrália.
 O clima do continente é bastante diversificado, sendo determinado principalmente pela conjunção de dois fatores: as baixas altitudes e a predominância de baixas latitudes. Distinguem-se na África os climas equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo. As médias térmicas mantêm-se elevadas durante o ano todo, exceto nos extremos norte e sul e nos picos das montanhas mais altas. A linha do Equador divide a África em duas partes distintas: o Norte é bastante extenso no sentido leste-oeste; o Sul, mais estreito, afunila-se onde as águas do Índico se encontram com as do Atlântico. Quase três quartos do continente estão situados na zona intertropical da Terra, apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas variações anuais.
Hidrografia
Sendo as regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.
A maior importância cabe ao rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo, cujo comprimento é superior a 6.500 km. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no mar Mediterrâneo na forma de um delta de 20 mil Km2, onde se situa uma das mais importantes áreas agrícolas do continente.
Além do Nilo, há outros rios importantes para a África, como o Congo, um rio da zona equatorial, com grande volume de água e elevado potencial hidrelétrico. Após percorrer 4.400 km, desemboca no Atlântico, com a segunda maior vazão do mundo. Quanto aos lagos, a África possui alguns mais extensos e profundos, de origem tectônica e vulcânica; a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, terceiro maior do mundo, com quase 70 mil m2

VEGETAÇÃO
A vegetação africana é um reflexo do clima, uma vez que as paisagens se organizam e se distribuem pelo espaço geográfico de forma muito parecida com os tipos climáticos. Na porção equatorial, onde as chuvas são abundantes o ano inteiro, há florestas densas, diversificadas e sempre verdes – a vegetação dominante 
  é a floresta equatorial. À medida que avançam para regiões mais secas, ao norte e ao sul, essas florestas vão perdendo a densidade e se transformam em savanas – que constituem o tipo de vegetação mais abundante no continente.
As estepes aparecem entre as savanas e os desertos e à medida que alcançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente mais ralas, até se transformarem em regiões desérticas. Nos desertos, pode, eventualmente haver oásis, onde se desenvolvem tamareiras, arbustos e gramíneas. Finalmente, nos extremos do continente há maquis e garrigues, conhecidos como vegetação mediterrânea.


ASPECTOS HUMANOS E ECONOMIA - ÁFRICA
A África é muito rica em recursos minerais. Possui a maioria dos minerais conhecidos, muitos deles em quantidades notáveis. Tem grandes jazidas de carvão, reservas de petróleo e de gás natural, bem como reservas de ouro, diamantes, cobre, bauxita, manganês, níquel, rádio, germânio, lítio, titânio e fosfato.
As fronteiras na África foram determinadas entre os séculos 15 e 16, com a colonização européia. Como cada país europeu conquistou regiões diferentes, então as fronteiras respeitaram essa divisão. Como, no entanto, a marcação territorial não respeitou a distribuição dos povos que já viviam ali, alguns deles foram divididos em diferentes países ou, em alguns casos, grupos inimigos ficaram sob o mesmo governo. Não dá para dizer que todos os problemas que existem na África até hoje, como briga entre povos e, consequentemente, os milhões de refugiados, sejam consequência dessas fronteiras artificiais impostas, mas certamente isso teve um papel muito importante“.  A colonização ocorreu entre 1880 e 1910 .Antes da chegada deles, o que existia eram sociedades tribais organizadas, e não estados nacionais. A África não foi o único continente onde esse tipo de imposição aconteceu. Na América Latina como um todo, incluindo o Brasil, sabe-se que os povos que não foram dizimados pelos colonizadores tiveram que viver segundo a organização imposta pelos estrangeiros. "Na África não houve esse processo de destruição das populações, porque os europeus viam os africanos como mercadoria do tráfico de escravos".
A África hoje é composta por 54 países independentes e uma riqueza inumerável de idiomas, bem como de etnias, algumas, infelizmente, ainda
Economia da África
 A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos.. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem  no mundo.

Apesar da independência política, isto não representou uma independência econômica, onde muitos dos países africanos possuem imensos recursos naturais, mas a maioria dos seus habitantes carecem do mínimo para sua sobrevivência.









Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio. A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC( A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento) formado por 14 países, que se firma como o pólo mais promissor do continente.
             A maior parte da África vive em situação de subdesenvolvimento e pobreza, por várias causas: condições climáticas de extrema aridez ou umidade, pobreza dos solos, técnicas tradicionais, má administração e uma infra-estrutura econômica herdada do colonialismo. A agricultura e a criação de gado são as atividades mais importantes, embora, à exceção das grandes plantações controladas por proprietários locais ou por empresas estrangeiras, a renda seja escassa e a produção de subsistencia da população. Nas zonas de clima mediterrâneo pratica-se a característica agricultura de cereais, oliveiras, videiras, As grandes plantações tropicais de cacau, café, chá, seringueiras, dendê, algodão, banana e cana-de-açúcar ocupam amplas zonas nas franjas tropicais do continente, alternando-se com pequenas lavouras nativas de cereais (painço e sorgo), algodão e hortaliças e com a criação de gado bovino e ovino, de baixo rendimento. As plantações se estendem também pela zona equatorial, com um tipo de agricultura itinerante de tubérculos (mandioca, batata, inhame), praticada com técnicas rudimentares em solos muito pobres. Na agricultura africana em geral, predomina o cultivo em pequenas propriedades com o uso de técnicas rudimentares. O resultado é uma agricultura de subsistência, limitada ás necessidades familiares básica. A agricultura na África Subsaariana é levada aefeito sob duas formas básicas: a de subsistênciae a plantations(Introduzidas nos tempos coloniais
            A maior riqueza da África são os recursos minerais, explorados sobretudo na República da África do Sul (ouro, diamantes, urânio, vanádio, níquel etc.) e no planalto de Katanga, no Zaire (cobre, zinco, chumbo, estanho), o que favoreceu um importante desenvolvimento industrial nessas regiões. Outros abundantes recursos do subsolo africano são o ferro, a bauxita, o manganês e o cobalto. O Saara possui grandes reservas de fosfatos, petróleo e gás natural. O continente é pobre em jazidas de carvão, mas o enorme potencial hidrelétrico de seus rios e lagos constitui importante fonte de energia, capaz de impulsionar o desenvolvimento industrial; as principais represas são as de Assuã, no rio Nilo (Egito), e outras.          A indústria só está desenvolvida na África do Sul, o país mais rico do continente (siderurgia, têxteis, produtos alimentícios), no Zimbábue e em alguns países árabes. Zaire e Zâmbia têm algumas indústrias de mineração
            Economia: mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico.              Em 2009, a pirataria reapareceu no Chifre da África (onde está a Somália). Muitos navios cargueiros foram sequestrados, originando pedidos milionários de resgate. Com a completa falência do governo somali, os clãs locais se viram livres para tomar as atitudes que bem entendessem. Assim, em uma típica região deflagrada africana (devastada pela guerra, sem indústrias e carente de infraestrutura agrícola), a alternativa lucrativa encontrada foi a pirataria.
A África possui um dos mais ricos subsolos do mundo, com 30% das reservas mundiais de recursos minerais. Entre os minerais, destacam-se: ouro (África do Sul,Zimbábue Gana); diamante (República Democrática do Congo, Botsuana e África do Sul); cobre (Zâmbia e República Democrática do Congo); manganês (Gabão e África do Sul); urânio (produz 35% do total mundial); platina (90% das reservas mundiais estão na África); titânio (75% das reservas mundiais); petróleo (Líbia, Argélia, Nigéria, Angola e Gabão), gás natural (Nigéria, Gabão, Líbia, Argélia e Egito), antimônio (África do Sul), fosfato (Marrocos) e carvão (África do Sul).
Indústria e transportes
            A indústria africana é uma das mais pobres do mundo; sua participação na economia do continente se limita a cerca de 26% do PIB. O setor que mais se destaca é o ligado à mineração. Mesmo a grande variedade de matérias-primas, sobretudo minerais, que poderia ser utilizada para promover a indústria africana, é destinada basicamente ao mercado externo.  As poucas cidades que apresentam algumas indústrias estão quase sempre no litoral.             As indústrias têxteis e alimentícias, voltadas para o mercado interno, encontram-se em todos os países do continente, enquanto na África do Sul, no Egito e na República Democrática do Congo estão instaladas as principais indústrias de base (siderúrgicas, metalúrgicas, usinas hidrelétricas etc.). Essa circunstância justifica o fato de a África do Sul e o Egito serem os países mais industrializados do continente. O sistema de transportes, bastante precário, constitui um entrave ao desenvolvimento industrial. A África ainda não possui uma rede rodoviária e ferroviária que interligue eficazmente suas regiões.              A União Africana pretende impulsionar a economia. O objetivo é atrair investimentos estrangeiros que tragam o crescimento em troca da adoção de políticas fiscais rigorosas pelos países. A iniciativa tem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Nos últimos anos têm aumentado os investimentos do governo chinês no continente.
O governo financia projetos de infraestrutura, como estradas de ferro e oleodutos. Entre os produtos pelos quais tem interesse estão o petróleo da Angola e a platina do  Zimbábue.
            O setor industrial é muito limitado. Faltam capitais, tecnologia, mão-deobra especializada, uma melhor rede de transportes e mercado consumidor pois o nível de renda da população é muito baixo. A maior parte dos países africanos é dependente da importação de produtos industrializados. Na maioria dos casos de industrialização ainda em estágio inicial, são encontrados setores industriais muito simples como o têxtil, produtos comestíveis, produtos de borracha, objetos de madeira, beneficiamento agrícola e aquela que está ligada ao setor de mineração. Fatores que provocam deficiências no setor industrial falta de capital reduzido desenvolvimento tecnológico falta de mão-de-obra qualificada rede de transportes precária mercado consumidor restrito Mais uma vez o destaque é a África do Sul que apresenta um parque industrial diversificado nos setores de bens de consumo e de base. É uma importante região econômica o Transvaal onde se localizam Johanesburgo e Pretória. Secundariamente podemos lembrar do Egito e da Nigéria.
            Resumindo a economia da África... Características gerais: base primária exportadora (minérios e produtos agrícolas) influência do colonizador europeu modo de vida tradicional alterado pecuária nômade em áreas desérticas agricultura de plantation dependência de capitais e tecnologia reduzida industrialização
POPULAÇÃO O continente africano possui quase 900 milhões de habitantes, cerca de 14% da população mundial - a maior taxa de crescimento demográfico: 2,3% ao ano, no período entre 2005 e 2010, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) e registra taxas anuais de natalidade de 4,0% e de mortalidade em 2,0%. A distribuição da população pelo espaço do continente é muito irregular. O vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados. Outros pontos de alta densidade são o Golfo da Guiné, as áreas férteis em torno do Lago Vitória e alguns trechos nos extremos norte e sul do continente. As regiões das savanas, de maneira geral, são áreas de densidades demográficas médias. Os países mais populosos são: Nigéria, Egito, Etiópia, República do Congo, África do Sul, Tanzânia e Sudão.
            A distribuição da população pelo espaço do continente é muito irregular. O vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilometro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados. Outros pontos de alta densidade são o Golfo da Guiné, as áreas férteis em torno do Lago Vitória e alguns trechos nos extremos norte e sul do continente. As regiões das savanas, de maneira geral, são áreas de densidades demográficas médias. Os países mais populosos são: Nigéria, Egito, Etiópia, Republica do Congo, África do Sul, Tanzânia e Sudão.  Vale lembrar que muitos dados relativos à população africana são estimados, pois os obstáculos apresentados pelo meio natural e o subdesenvolvimento que caracteriza o continente tornam quase impossível recensear todos os habitantes do território africano, muitos dos quais vivem em tribos inteiramente isoladas do mundo moderno.  Poucos países africanos apresentam população urbana numericamente superior à rural; entre os que se enquadram nesse caso estão Argélia, Líbia e Tunísia. A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas do subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, com expectativa de vida muito baixa. Na maior parte do continente, mais da metade dos trabalhadores está na zona rural. Esse elevado número de trabalhadores no campo indica a importância da economia rural para a população do continente e comprova que as formas de produção são simples e quase sem o uso de mecanização e tecnologia.
A cidade de Lagos tem a maior população da Nigéria, cerca de 8 milhões de habitantes, e é a cidade que mais cresce no continente africano

Organização social
            Grande parte da população africana é estruturada em clãs (primeira forma de organização social) e tribos (forma de organização social posterior aos clãs). O isolamento em que vivem explica a conservação de suas particularidades culturais. Verifica-se o predomínio das religiões nativas nos países ao sul do Saara e do islamismo nas nações do norte. Há ainda importantes centros cristãos, como a Etiópia (uma das nações cristãs mais antigas do mundo) e outros decorrentes da colonização europeia. Maior parte da população africana é constituída por diferentes povos negros, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do deserto do Saara - por isso mesmo denominada África Branca. São principalmente árabes, egípcios e bérberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues; aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus. Estes últimos estão presentes também, na África do Sul e são em sua maioria originários das Ilhas Britânicas e dos Países Baixos.
Ao sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, como as religiões que professam e a grande diversidade de línguas que falam. Os grupos mais importantes são: sudaneses, bantos, nilóticos, pigmeus, bosquímanos. A África subsaariana é a região mais pobre do planeta, com os piores indicadores socioeconômicos conhecidos. Poucos países africanos se enquadram no grupo médio de desenvolvimento humano, como é o caso da Líbia. Quase todos os países do continente estão no grupo de baixo desenvolvimento humano. Os problemas sociais do continente têm se agravado nos últimos anos com a ocorrência de conflitos e guerras, que causam a morte de milhões de pessoas e desorganizam ainda mais a economia.
Informações importantes sobre o Continente Africano: 
- A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes (estimativa 2011).
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
-          Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
-          - As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.
A África esquartejada
            Quando olhamos para o mapa-múndi, notamos que o continente africano ocupa uma posição singular: atravessado pelo meridiano de Greenwich e pela linha do Equador, surge como o centro do mundo. Aparente berço da humanidade, a África, tal qual uma mãe, tem de purgar silenciosamente todos os desmandos do "Homo superior".  Fornecedora da mão-de-obra que enriqueceu a Europa, paradoxalmente foi esquartejada na Conferência de Berlim (1884-85): constituiu-se em 53 países separados por fronteiras artificiais, com incontáveis grupos etno-culturais que tiveram sua coexistência, nem sempre pacífica, e seus modos de vida destruídos em nome do progresso.                                                  Não bastasse o quadro natural adverso (1/3 de áreas desérticas e em expansão e florestas impenetráveis), a África é vítima do seu passado: possui o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o maior IPH (Índice de Pobreza Humana) do mundo, ou seja, o menor PIB per capita, a menor taxa de urbanização, as maiores taxas de analfabetismo, de subnutrição, de natalidade, de mortalidade, de mortalidade infantil e de crescimento demográfico). Além disso, convive com as doenças e a fome (na Somália, na Etiópia e no Sudão) e as guerras civis em Angola, Serra Leoa, Burundi, Ruanda e na República Democrática do Congo (ex-Zaire) e de fronteira (Chifre da África).                                                                        Sua economia, primário-exportadora, assegura o desenvolvimento, ainda que reduzido, de poucos países (Líbia, Egito, Marrocos, Tunísia, Zimbábue e África do Sul).
A maioria das nações vive da economia de subsistência, da plantation, quando não adoece ou passa fome. Por ter mercado consumidor escasso, a África não pode participar do mundo globalizado, para o qual, não passa do lar de Tarzan e merece ser castigada, pois ou sou sonhar com a liberdade após a "civilizada" 2ª Guerra Mundial.
Seu lugar é apenas nos mapas.  Não bastasse isso, há duas décadas, a África da fome, das guerras e dos refugiados morre lentamente, vítima da AIDS. Mais de 23 milhões de casos numa população de 760 milhões de pessoas.  Nos 16 países em que mais de 10% da população está infectada (36% em Botsuana, 25% no Zimbábue e na Suazilândia, 20% na África do Sul e em Zâmbia), o HIV matará cerca de 80% dos adultos. A malthusiana omissão mundial é tão inquietante quanto a cínica "solidariedaids". A sensação de que a humanidade é matricida é desoladora.






DICAS  - ASPECTOS SOCIOECONOMICOS

CARACTERISTICAS AFRICA DO SUL: Seu interior é formado por um platô de mais de 900 metros de altitude, drenado pelos rios Orange e Limpopo. Em torno do platô existe uma acentuada escarpa, abaixo da qual o terreno desce para o mar em desnível. A agricultura é limitada pelo solo pobre, mas ovinos e bovinos são criados extensivamente nos campos. Vinho é um importante produto de exportação. É rica em minerais: diamantes, ouro, platina, prata, urânio, cobre, manganês e asbesto são extraídos. Identifique o país de que se fala. 


A região assinalada no mapa possui algumas características que se destacam:
- É seca, em virtude da presença da Corrente fria de Benguela, que determina precipitações no oceano.
-  Possui importantes recursos minerais: o urânio (a maior mina a céu aberto do mundo) e os diamantes.
-  Foi uma colônia alemã, depois por muito tempo ocupada ilegalmente pela África do sul.
-  Na passagem da década 80-90, a Namíbia tornou-se finalmente, graças à ação da S.W.A.P.O., um país independente.           



A região identificada no mapa, marcada por conflitos geopolíticos, especialmente os de origem étnica, é conhecida como:  Chifre da África.

 Caracteristica da região do  Magreb, na Africa: situado ao noroeste do continente, possui clima mediterrâneo e se destaca pela população branca de origem árabe e o predomínio da agricultura.


A área hachurada corresponde aos países da África subsaariana, que estão entre os mais pobres do planeta, apresentando baixos índices de desenvolvimento humano.

As comunidades que vivem na área que se estende no sentido leste-oeste ao sul do Trópico de Câncer, na África, são atingidas por grandes tragédias ligadas à pobreza e subnutrição. A desertificação dessa área está avançando no sentido sul do continente, causada principalmente pela má utilização do solo. A ajuda internacional tem sido imprescindível para amenizar o sofrimento dos povos. Esta paisagem a que o texto se refere é conhecida como a Região do Sahel.

Alguns aspectos  geoeconômicos do continente africano merecem destaque:
-  A África é um continente que apresenta extremos clima botânicos, pois ali são encontrados desertos
e paisagens equatoriais úmidas.
- Apesar de sua grande extensão, as terras africanas são de origem geológica recente; fato que
impossibilitou o aparecimento de movimentos tectônicos.
- com grande população que representa 40% da população mundial, praticamente todos os países
africanos já estão na fase final da transição demográfica.                       
 - o subsolo africano é rico e dele se extraem grandes quantidades de minerais metálicos e não metálicos,
petróleo e diamantes.
-  O atraso econômico e a pobreza generalizada de grande parte da população colocam o continente à
margem do processo de globalização.




A região em destaque na Africa corresponde a região  do Maghreb, possuindo uma expressiva produção de petróleo.

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