CONTINENTE AFRICANO:
ASPECTOS FISICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS
A África é um continente com, aproximadamente,
30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no
hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo;
ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do
continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois
oceanos.
África - Aspectos físicos
A África está separada da Europa pelo mar Mediterrâneo
e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo istmo de Suez. No entanto, a
África ocupa uma única placa tectônica, ao contrário da Europa que partilha com
a Ásia a Placa Euro-asiática. Ao norte, é banhada pelo oceano Atlântico na sua
costa ocidental e pelo oceano Índico do lado oriental.
Com a
exceção da costa norte e dos montes Atlas, o território africano é um planalto
vasto e ondulado, desfigurado por grandes bacias. Em geral, a altitude do
continente aumenta de noroeste para sudeste. As faixas litorâneas baixas, com
exceção da costa mediterrânea e da costa da Guiné, são estreitas e elevam-se
bruscamente em direção ao planalto. A característica peculiar do planalto
setentrional é o Saara, que se estende por mais de um quarto do território
africano. Os planaltos central e meridional englobam várias depressões
importantes, em especial a bacia do rio Congo e o deserto de Kalahari..
As montanhas orientais, que constituem a parte mais
alta do continente, se prolongam desde o mar Vermelho até o rio Zambeze. Ao sul
do planalto etíope, erguem-se vários picos vulcânicos, como o monte
Kilimanjaro, o Quênia e o Elgon. Um elemento topográfico característico é o Rift
Valley. A oeste, fica a cordilheira Ruwenzori. Há poucos rios na
África, mas grandes e extensos como o Rio Nilo com mais de 6.500 km de
extensão. Existem também o Rio Niger, Rio Congo ou Rio Zaire, Rio Zambeze, Rio
Orange e outros.
Relevo: O relevo africano se caracteriza pelo predomínio de imensos tabuleiros
(planaltos pouco elevados) e considerável altitude média – cerca de 750 metros.
As regiões central e norte são ocupadas, em sua totalidade, por planaltos
intensamente erodidos, constituídos de rochas muito antigas e limitados por
grandes escarpamentos. Há 200 milhões de anos a África fazia parte, juntamente
com a América do Sul, do supercontinente de Gondwana. A separação formou o
oceano Atlântico e isolou os dois continentes, que ainda têm algumas
semelhanças de estrutura geológica e formas de relevo.
O norte
predomina área planáltica, ampla e desértica – o Saara – que se estende do
oceano Atlântico ao mar Vermelho. No nordeste do deserto encontra-se a Cadeia
do Atlas, que ocupa a região norte do Marrocos, da Argélia e da Tunísia. Sua
formação recente apresenta montanhas cujos picos chegam a atingir 4.000 metros
de altura; nesta região, o subsolo apresenta significativas reservas de
petróleo, gás natural, ferro, urânio e fosfato, além de representar grande
importância para a geografia local, pois ela barra os ventos úmidos,
favorecendo a formação de rios temporários.
No leste encontra-se
uma de suas características físicas mais marcantes: uma falha geológica
estendendo-se de norte a sul, o Grande Vale do Rift, uma fenda tectônica em que
se sucedem montanhas, algumas de origem vulcânica e grandes depressões. Nessa
região se localizam os maiores lagos do continente, circundados por altas
montanhas, como o o Quilimanjaro (5.895 m) e o monte Quênia (5.199 m). O
Rift Valley é um fenômeno geológico que ocorreu há milhões de anos
atrás, quando as placas tectônicas da África e da Arábia no continente
asiático, afastaram-se uma da outra formando uma grande falha geológica. A
extensão do Rift Valley é de cerca de 6.500 quilômetros.
É exatamente nesta região do Oriente Médio que se encontra o ponto mais baixo da Terra, o mar Morto , com uma altitude de 400 metros negativos - abaixo do nível do mar. Essa falha geológica chamada de Rift Valley, se estende desde Moçambique no sudeste da África, corta o mar Vermelho, passa pelo vale do rio Jordão no limite entre Israel e Jordânia e chega ao planalto da Anatólia norte da Síria.
É exatamente nesta região do Oriente Médio que se encontra o ponto mais baixo da Terra, o mar Morto , com uma altitude de 400 metros negativos - abaixo do nível do mar. Essa falha geológica chamada de Rift Valley, se estende desde Moçambique no sudeste da África, corta o mar Vermelho, passa pelo vale do rio Jordão no limite entre Israel e Jordânia e chega ao planalto da Anatólia norte da Síria.
CLIMA
Podem-se distinguir sete zonas climáticas e de
vegetação. No centro do continente e na costa oriental de Madagascar, o clima e
a vegetação são tropicais. O clima da costa de Guiné assemelha-se ao clima
equatorial, mas tem apenas uma estação de chuvas. No norte e no sul, o clima
próprio de floresta tropical é substituído por uma zona de clima tropical de
savana que envolve um-quinto da África. Longe do equador, ao norte e ao sul, a
zona do clima de savana transforma-se em uma zona de estepe seca. As zonas das
extremidades noroeste e sudoeste são de clima mediterrâneo. Nos planaltos
elevados da África meridional, o clima é temperado. A África tem uma área de
clima árido, ou desértico, maior do que em qualquer outro continente, com
exceção da Austrália.
O clima do continente é bastante diversificado, sendo
determinado principalmente pela conjunção de dois fatores: as baixas altitudes
e a predominância de baixas latitudes. Distinguem-se na África os climas
equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo. As médias térmicas mantêm-se
elevadas durante o ano todo, exceto nos extremos norte e sul e nos picos das
montanhas mais altas. A linha do Equador divide a África em duas partes
distintas: o Norte é bastante extenso no sentido leste-oeste; o Sul, mais
estreito, afunila-se onde as águas do Índico se encontram com as do Atlântico.
Quase três quartos do continente estão situados na zona intertropical da Terra,
apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas variações anuais.
Hidrografia
Sendo as regiões norte e sul praticamente tomadas por
desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito
extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais;
outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas
margens.
A maior importância cabe ao rio Nilo, o segundo mais extenso
do mundo, cujo comprimento é superior a 6.500 km. Nasce nas proximidades do
Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no mar Mediterrâneo na
forma de um delta de 20 mil Km2, onde se situa uma das mais
importantes áreas agrícolas do continente.
Além do Nilo, há outros rios importantes para a África, como
o Congo, um rio da zona equatorial, com grande volume de água e elevado
potencial hidrelétrico. Após percorrer 4.400 km, desemboca no Atlântico, com a
segunda maior vazão do mundo. Quanto aos lagos, a África possui alguns mais
extensos e profundos, de origem tectônica e vulcânica; a maioria situada no
leste do continente, como o Vitória, terceiro maior do mundo, com quase 70 mil
m2
VEGETAÇÃO
A vegetação africana é um reflexo do clima, uma vez que as
paisagens se organizam e se distribuem pelo espaço geográfico de forma muito
parecida com os tipos climáticos. Na porção equatorial, onde as chuvas são
abundantes o ano inteiro, há florestas densas, diversificadas e sempre verdes –
a vegetação dominante
é a floresta equatorial. À medida que avançam para regiões
mais secas, ao norte e ao sul, essas florestas vão perdendo a densidade e se
transformam em savanas – que constituem o tipo de vegetação mais abundante no
continente.
As estepes aparecem entre as savanas e os desertos e à medida
que alcançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente mais ralas, até se
transformarem em regiões desérticas. Nos desertos, pode, eventualmente haver
oásis, onde se desenvolvem tamareiras, arbustos e gramíneas. Finalmente, nos
extremos do continente há maquis e garrigues, conhecidos como vegetação
mediterrânea.
ASPECTOS HUMANOS E ECONOMIA - ÁFRICA
A África é muito rica em recursos minerais. Possui a maioria
dos minerais conhecidos, muitos deles em quantidades notáveis. Tem grandes
jazidas de carvão, reservas de petróleo e de gás natural, bem como reservas de
ouro, diamantes, cobre, bauxita, manganês, níquel, rádio, germânio, lítio,
titânio e fosfato.
As fronteiras na África foram determinadas entre os séculos
15 e 16, com a colonização européia. Como cada país europeu conquistou regiões
diferentes, então as fronteiras respeitaram essa divisão. Como, no entanto, a
marcação territorial não respeitou a distribuição dos povos que já viviam ali,
alguns deles foram divididos em diferentes países ou, em alguns casos, grupos
inimigos ficaram sob o mesmo governo. Não dá para dizer que todos os problemas que existem na África até hoje,
como briga entre povos e, consequentemente, os milhões de refugiados, sejam
consequência dessas fronteiras artificiais impostas, mas certamente isso teve
um papel muito importante“. A
colonização ocorreu entre 1880 e 1910 .Antes da chegada deles, o que existia
eram sociedades tribais organizadas, e não estados nacionais. A África não foi
o único continente onde esse tipo de imposição aconteceu. Na América Latina
como um todo, incluindo o Brasil, sabe-se que os povos que não foram dizimados
pelos colonizadores tiveram que viver segundo a organização imposta pelos
estrangeiros. "Na África não houve esse processo de destruição das
populações, porque os europeus viam os africanos como mercadoria do tráfico de
escravos".
A África hoje é composta por 54 países independentes e uma
riqueza inumerável de idiomas, bem como de etnias, algumas, infelizmente, ainda
Economia da África
A África é o continente
mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos
de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial.
O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados
levam esta região a um verdadeiro caos.. O atraso econômico e a ausência de
uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em
segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do
PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais
que acontecem no mundo.
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Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente
agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de
determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se
sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e
desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua
coexistindo com a economia de subsistência. A mineração representa a maior
receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o
setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra
Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio. A nação mais industrializada do
continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade
política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África.
Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no
Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC( A Comunidade da
África Meridional para o Desenvolvimento) formado por 14 países, que se firma
como o pólo mais promissor do continente.
A maior parte da África vive em situação de subdesenvolvimento
e pobreza, por várias causas: condições climáticas de extrema aridez ou
umidade, pobreza dos solos, técnicas tradicionais, má administração e uma
infra-estrutura econômica herdada do colonialismo. A agricultura e a criação de
gado são as atividades mais importantes, embora, à exceção das grandes
plantações controladas por proprietários locais ou por empresas estrangeiras, a
renda seja escassa e a produção de subsistencia da população. Nas zonas de
clima mediterrâneo pratica-se a característica agricultura de cereais,
oliveiras, videiras, As grandes plantações tropicais de cacau, café, chá,
seringueiras, dendê, algodão, banana e cana-de-açúcar ocupam amplas zonas nas
franjas tropicais do continente, alternando-se com pequenas lavouras nativas de
cereais (painço e sorgo), algodão e hortaliças e com a criação de gado bovino e
ovino, de baixo rendimento. As plantações se estendem também pela zona
equatorial, com um tipo de agricultura itinerante de tubérculos (mandioca,
batata, inhame), praticada com técnicas rudimentares em solos muito pobres. Na
agricultura africana em geral, predomina o cultivo em pequenas propriedades com
o uso de técnicas rudimentares. O resultado é uma agricultura de subsistência,
limitada ás necessidades familiares básica. A agricultura na África Subsaariana
é levada aefeito sob duas formas básicas: a de subsistênciae a
plantations(Introduzidas nos tempos coloniais
A maior
riqueza da África são os recursos minerais, explorados sobretudo na
República da África do Sul (ouro, diamantes, urânio, vanádio, níquel etc.) e no
planalto de Katanga, no Zaire (cobre, zinco, chumbo, estanho), o que favoreceu
um importante desenvolvimento industrial nessas regiões. Outros abundantes
recursos do subsolo africano são o ferro, a bauxita, o manganês e o cobalto. O
Saara possui grandes reservas de fosfatos, petróleo e gás natural. O continente
é pobre em jazidas de carvão, mas o enorme potencial hidrelétrico de seus rios
e lagos constitui importante fonte de energia, capaz de impulsionar o
desenvolvimento industrial; as principais represas são as de Assuã, no rio Nilo
(Egito), e outras. A indústria
só está desenvolvida na África do Sul, o país mais rico do continente
(siderurgia, têxteis, produtos alimentícios), no Zimbábue e em alguns países
árabes. Zaire e Zâmbia têm algumas indústrias de mineração
Economia:
mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar
riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e
minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de
preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise
financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e
diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar
guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico. Em
2009, a pirataria reapareceu no Chifre da África (onde está a Somália). Muitos
navios cargueiros foram sequestrados, originando pedidos milionários de
resgate. Com a completa falência do governo somali, os clãs locais se viram
livres para tomar as atitudes que bem entendessem. Assim, em uma típica região
deflagrada africana (devastada pela guerra, sem indústrias e carente de
infraestrutura agrícola), a alternativa lucrativa encontrada foi a pirataria.
A África possui um dos mais ricos subsolos do mundo, com 30%
das reservas mundiais de recursos minerais. Entre os minerais, destacam-se:
ouro (África do Sul,Zimbábue e Gana); diamante
(República Democrática do Congo, Botsuana e África do Sul);
cobre (Zâmbia e República Democrática do Congo); manganês (Gabão e
África do Sul); urânio (produz 35% do total mundial); platina (90% das reservas
mundiais estão na África); titânio (75% das reservas mundiais); petróleo
(Líbia, Argélia, Nigéria, Angola e Gabão), gás natural (Nigéria, Gabão, Líbia,
Argélia e Egito), antimônio (África do Sul), fosfato (Marrocos) e carvão
(África do Sul).
Indústria e transportes
A indústria
africana é uma das mais pobres do mundo; sua participação na economia do
continente se limita a cerca de 26% do PIB. O setor que mais se destaca é o
ligado à mineração. Mesmo a grande variedade de matérias-primas, sobretudo
minerais, que poderia ser utilizada para promover a indústria africana, é
destinada basicamente ao mercado externo.
As poucas cidades que apresentam algumas indústrias estão quase sempre
no litoral. As indústrias têxteis e alimentícias, voltadas para
o mercado interno, encontram-se em todos os países do continente, enquanto na
África do Sul, no Egito e na República Democrática do Congo estão instaladas as
principais indústrias de base (siderúrgicas, metalúrgicas, usinas hidrelétricas
etc.). Essa circunstância justifica o fato de a África do Sul e o Egito serem
os países mais industrializados do continente. O sistema de transportes,
bastante precário, constitui um entrave ao desenvolvimento industrial. A África
ainda não possui uma rede rodoviária e ferroviária que interligue eficazmente
suas regiões. A União Africana pretende impulsionar a
economia. O objetivo é atrair investimentos estrangeiros que tragam o
crescimento em troca da adoção de políticas fiscais rigorosas pelos países. A
iniciativa tem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco
Mundial. Nos últimos anos têm aumentado os investimentos do governo chinês no
continente.
O governo financia projetos de infraestrutura, como estradas
de ferro e oleodutos. Entre os produtos pelos quais tem interesse estão o
petróleo da Angola e a platina do
Zimbábue.
O setor
industrial é muito limitado. Faltam capitais, tecnologia, mão-deobra
especializada, uma melhor rede de transportes e mercado consumidor pois o nível
de renda da população é muito baixo. A maior parte dos países africanos é
dependente da importação de produtos industrializados. Na maioria dos casos de
industrialização ainda em estágio inicial, são encontrados setores industriais
muito simples como o têxtil, produtos comestíveis, produtos de borracha, objetos
de madeira, beneficiamento agrícola e aquela que está ligada ao setor de
mineração. Fatores que provocam deficiências no setor industrial falta de
capital reduzido desenvolvimento tecnológico falta de mão-de-obra qualificada
rede de transportes precária mercado consumidor restrito Mais uma vez o
destaque é a África do Sul que apresenta um parque industrial diversificado nos
setores de bens de consumo e de base. É uma importante região econômica o
Transvaal onde se localizam Johanesburgo e Pretória. Secundariamente podemos
lembrar do Egito e da Nigéria.
Resumindo a
economia da África... Características gerais: base primária exportadora
(minérios e produtos agrícolas) influência do colonizador europeu modo de vida
tradicional alterado pecuária nômade em áreas desérticas agricultura de
plantation dependência de capitais e tecnologia reduzida industrialização
POPULAÇÃO O continente africano
possui quase 900 milhões de habitantes, cerca de 14% da população mundial - a
maior taxa de crescimento demográfico: 2,3% ao ano, no período entre 2005 e
2010, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) e registra
taxas anuais de natalidade de 4,0% e de mortalidade em 2,0%. A distribuição da
população pelo espaço do continente é muito irregular. O vale do Nilo,
por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro
quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.
Outros pontos de alta densidade são o Golfo da Guiné, as áreas férteis em torno
do Lago Vitória e alguns trechos nos extremos norte e sul do continente. As
regiões das savanas, de maneira geral, são áreas de densidades demográficas
médias. Os países mais populosos
são: Nigéria, Egito, Etiópia, República do
Congo, África do Sul, Tanzânia e Sudão.
A
distribuição da população pelo espaço do continente é muito irregular. O vale
do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por
quilometro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente
despovoados. Outros pontos de alta densidade são o Golfo da Guiné, as áreas
férteis em torno do Lago Vitória e alguns trechos nos extremos norte e sul do
continente. As regiões das savanas, de maneira geral, são áreas de densidades
demográficas médias. Os países mais populosos são: Nigéria, Egito, Etiópia,
Republica do Congo, África do Sul, Tanzânia e Sudão. Vale lembrar que
muitos dados relativos à população africana são estimados, pois os obstáculos
apresentados pelo meio natural e o subdesenvolvimento que caracteriza o
continente tornam quase impossível recensear todos os habitantes do território
africano, muitos dos quais vivem em tribos inteiramente isoladas do mundo
moderno. Poucos países africanos
apresentam população urbana numericamente superior à rural; entre os que se
enquadram nesse caso estão Argélia, Líbia e Tunísia. A quase totalidade dos
países africanos exibe características típicas do subdesenvolvimento: elevadas
taxas de natalidade e de mortalidade, com expectativa de vida muito baixa. Na
maior parte do continente, mais da metade dos trabalhadores está na zona rural.
Esse elevado número de trabalhadores no campo indica a importância da economia
rural para a população do continente e comprova que as formas de produção são
simples e quase sem o uso de mecanização e tecnologia.
A cidade de Lagos tem a maior população da Nigéria,
cerca de 8 milhões de habitantes, e é a cidade que mais cresce no
continente africano
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Organização social
Grande parte
da população africana é estruturada em clãs (primeira forma de organização
social) e tribos (forma de organização social posterior aos clãs). O isolamento
em que vivem explica a conservação de suas particularidades culturais.
Verifica-se o predomínio das religiões nativas nos países ao sul do Saara e do
islamismo nas nações do norte. Há ainda importantes centros cristãos, como a
Etiópia (uma das nações cristãs mais antigas do mundo) e outros decorrentes da
colonização europeia. Maior parte da população africana é constituída por
diferentes povos negros, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem
principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do deserto do
Saara - por isso mesmo denominada África Branca. São principalmente árabes,
egípcios e bérberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues;
aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus.
Estes últimos estão presentes também, na África do Sul e são em sua maioria originários
das Ilhas Britânicas e dos Países Baixos.
Ao sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por
grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente
pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, como as religiões que
professam e a grande diversidade de línguas que falam. Os grupos mais
importantes são: sudaneses, bantos, nilóticos, pigmeus, bosquímanos. A África
subsaariana é a região mais pobre do planeta, com os piores indicadores
socioeconômicos conhecidos. Poucos países africanos se enquadram no grupo médio
de desenvolvimento humano, como é o caso da Líbia. Quase todos os países do
continente estão no grupo de baixo desenvolvimento humano. Os problemas sociais
do continente têm se agravado nos últimos anos com a ocorrência de conflitos e
guerras, que causam a morte de milhões de pessoas e desorganizam ainda mais a
economia.
Informações importantes sobre o Continente Africano:
- A África é o segundo continente mais populoso do mundo
(fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de
habitantes (estimativa 2011).
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da
população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido,
apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita,
por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto
Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países
possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são
industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC
formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República
Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique,
Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos
minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda
para os países, pois é feita por empresas
multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento
um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul,
Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
-
Os
principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a
principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de
guerra civil).
-
-
As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e
católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês,
árabe, português e as línguas africanas.
A África esquartejada
Quando
olhamos para o mapa-múndi, notamos que o continente africano ocupa uma posição
singular: atravessado pelo meridiano de Greenwich e pela linha do Equador,
surge como o centro do mundo. Aparente berço da humanidade, a África, tal qual
uma mãe, tem de purgar silenciosamente todos os desmandos do "Homo
superior". Fornecedora da mão-de-obra
que enriqueceu a Europa, paradoxalmente foi esquartejada na Conferência de
Berlim (1884-85): constituiu-se em 53 países separados por fronteiras
artificiais, com incontáveis grupos etno-culturais que tiveram sua
coexistência, nem sempre pacífica, e seus modos de vida destruídos em nome do
progresso. Não
bastasse o quadro natural adverso (1/3 de áreas desérticas e em expansão e
florestas impenetráveis), a África é vítima do seu passado: possui o pior IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano) e o maior IPH (Índice de Pobreza Humana) do
mundo, ou seja, o menor PIB per capita, a menor taxa de urbanização, as maiores
taxas de analfabetismo, de subnutrição, de natalidade, de mortalidade, de
mortalidade infantil e de crescimento demográfico). Além disso, convive com as
doenças e a fome (na Somália, na Etiópia e no Sudão) e as guerras civis em
Angola, Serra Leoa, Burundi, Ruanda e na República Democrática do Congo
(ex-Zaire) e de fronteira (Chifre da África).
Sua
economia, primário-exportadora, assegura o desenvolvimento, ainda que reduzido,
de poucos países (Líbia, Egito, Marrocos, Tunísia, Zimbábue e África do
Sul).
A maioria das nações vive da economia de subsistência, da plantation, quando não adoece ou passa fome. Por ter mercado consumidor escasso, a África não pode participar do mundo globalizado, para o qual, não passa do lar de Tarzan e merece ser castigada, pois ou sou sonhar com a liberdade após a "civilizada" 2ª Guerra Mundial. Seu lugar é apenas nos mapas. Não bastasse isso, há duas décadas, a África da fome, das guerras e dos refugiados morre lentamente, vítima da AIDS. Mais de 23 milhões de casos numa população de 760 milhões de pessoas. Nos 16 países em que mais de 10% da população está infectada (36% em Botsuana, 25% no Zimbábue e na Suazilândia, 20% na África do Sul e em Zâmbia), o HIV matará cerca de 80% dos adultos. A malthusiana omissão mundial é tão inquietante quanto a cínica "solidariedaids". A sensação de que a humanidade é matricida é desoladora.
A maioria das nações vive da economia de subsistência, da plantation, quando não adoece ou passa fome. Por ter mercado consumidor escasso, a África não pode participar do mundo globalizado, para o qual, não passa do lar de Tarzan e merece ser castigada, pois ou sou sonhar com a liberdade após a "civilizada" 2ª Guerra Mundial. Seu lugar é apenas nos mapas. Não bastasse isso, há duas décadas, a África da fome, das guerras e dos refugiados morre lentamente, vítima da AIDS. Mais de 23 milhões de casos numa população de 760 milhões de pessoas. Nos 16 países em que mais de 10% da população está infectada (36% em Botsuana, 25% no Zimbábue e na Suazilândia, 20% na África do Sul e em Zâmbia), o HIV matará cerca de 80% dos adultos. A malthusiana omissão mundial é tão inquietante quanto a cínica "solidariedaids". A sensação de que a humanidade é matricida é desoladora.
DICAS
- ASPECTOS SOCIOECONOMICOS
CARACTERISTICAS
AFRICA DO SUL: Seu interior é formado por um platô de mais de 900 metros de altitude,
drenado pelos rios Orange e Limpopo. Em torno do platô existe uma acentuada
escarpa, abaixo da qual o terreno desce para o mar em desnível. A
agricultura é limitada pelo solo pobre, mas ovinos e bovinos são criados
extensivamente nos campos. Vinho é um importante produto de exportação. É rica
em minerais: diamantes, ouro, platina, prata, urânio, cobre, manganês e asbesto
são extraídos. Identifique o país de que se fala.
A região assinalada no mapa possui algumas
características que se destacam:
- É seca, em virtude da presença da Corrente fria de
Benguela, que determina precipitações no oceano.
- Possui
importantes recursos minerais: o urânio (a maior mina a céu aberto do mundo) e
os diamantes.
- Foi uma
colônia alemã, depois por muito tempo ocupada ilegalmente pela África do sul.
- Na passagem
da década 80-90, a
Namíbia tornou-se finalmente, graças à ação da S.W.A.P.O., um país independente.
A região identificada no mapa, marcada por conflitos
geopolíticos, especialmente os de origem étnica, é conhecida como: Chifre da África.
Caracteristica da região do Magreb,
na Africa: situado ao noroeste do continente, possui clima mediterrâneo e se
destaca pela população branca de origem árabe e o predomínio da agricultura.
A área hachurada corresponde aos países da
África subsaariana, que estão entre os mais pobres do planeta, apresentando
baixos índices de desenvolvimento humano.
As comunidades
que vivem na área que se estende no sentido leste-oeste ao sul do Trópico de
Câncer, na África, são atingidas por grandes tragédias ligadas à pobreza e
subnutrição. A desertificação dessa área está avançando no sentido sul do
continente, causada principalmente pela má utilização do solo. A ajuda
internacional tem sido imprescindível para amenizar o sofrimento dos povos.
Esta paisagem a que o texto se refere é conhecida como a Região do Sahel.
Alguns
aspectos geoeconômicos do continente africano merecem destaque:
- A África é um continente que apresenta extremos clima botânicos, pois ali são encontrados desertos
e paisagens equatoriais úmidas.
- A África é um continente que apresenta extremos clima botânicos, pois ali são encontrados desertos
e paisagens equatoriais úmidas.
- Apesar de sua grande extensão, as terras africanas
são de origem geológica recente;
fato que
impossibilitou o aparecimento de movimentos tectônicos.
impossibilitou o aparecimento de movimentos tectônicos.
- com grande população que representa 40% da população
mundial, praticamente todos os países
africanos já estão na fase final da transição demográfica.
africanos já estão na fase final da transição demográfica.
- o subsolo
africano é rico e dele se extraem grandes quantidades de minerais metálicos e
não metálicos,
petróleo e diamantes.
petróleo e diamantes.
- O atraso
econômico e a pobreza generalizada de grande parte da população colocam o
continente à
margem do processo de globalização.
margem do processo de globalização.
A
região em destaque na Africa corresponde a região do Maghreb, possuindo uma expressiva
produção de petróleo.
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