terça-feira, 13 de maio de 2014

1 anos_ASPECTOS HUMANOS DO BRASIL 2014

A composição étnica do povo brasileiro                                                                          O povo brasileiro é caracterizado pela miscigenação, ou seja, pela mistura entre grupos étnicos. A diversidade étnica da população brasileira é resultado de pelo menos 500 anos de história, em que aconteceu a mistura de basicamente três grupos, são eles: os índios (povos nativos), brancos (sobretudo portugueses) e os negros (escravos).
A partir da mistura das raças citadas, formou-se um povo composto por brancos, negros, indígenas, pardos, mulatos, caboclos e cafuzos. Desse modo, esses são grupos identificados na população do país.                                                              ) branco: No Brasil, o percentual de pessoas consideradas brancas é de aproximadamente 54%, há uma concentração maior desse grupo étnico na região Sul (83%), seguida pelo Sudeste (64%). Os brancos, em sua maioria, são descendentes de imigrantes europeus que vieram para o Brasil, como os portugueses no século XVI e mais tarde, por volta do século XIX, italianos, alemães, eslavos, espanhóis, holandeses, entre outras nacionalidades de menor expressão.
 Negro: Os negros ou afro-descendentes têm sua origem a partir dos escravos que vieram para o Brasil entre os séculos XVI e XIX, fato que caracterizou como uma migração involuntária, tendo em vista que os mesmos não vieram por livre e espontânea vontade, mas forçados. No decorrer dos séculos citados, o país recebeu cerca de 4 milhões de africanos. Hoje, esse grupo étnico se concentra em maior número na região Nordeste e Sudeste, áreas onde se encontravam as principais fazendas de cana-de-açúcar e café.
 índio; Grupo étnico autóctones. Povos que habitavam o país antes da chegada dos colonizadores europeus, nesse período a população era estimada em aproximadamente 5 milhões de pessoas. Após séculos de intensa exploração, os índios praticamente foram dizimados. Atualmente, os índios se concentram quase que restritamente na região Norte, com cerca de 170 mil; e no Centro-Oeste, com aproximadamente 100 mil. Existem outros 80 mil dispersos ao longo de outras regiões brasileiras.                                                                                                                                                       pardo: Esse grupo é também chamado de mestiço, em virtude da mistura entre brancos, negros e indígenas. Os mesmos produzem três variedades de miscigenação, dentre elas podemos destacar ainda os mulatos, oriundos da mistura entre brancos e negros, que respondem por cerca de 24% da população.
Os caboclos respondem por aproximadamente 16% da população nacional, esses são oriundos da mistura entre brancos e indígenas. São encontrados especialmente no interior do país, onde se encontra a maioria dos grupos indígenas.
Temos ainda os cafuzos, mestiços oriundos da mistura entre negros e índios, dentre as variações de miscigenações ocorridas no Brasil, essa é a mais difícil de acontecer, tendo em vista que eles representam somente 3% da população. No país os cafuzos são encontrados especialmente na Amazônia, na região Centro-Oeste e Nordeste.

A situação dos grupos indígenas no Brasil:   Os índios brasileiros são identificados como Karajá, Kamayurá, Xavante entre outros. O termo “índio” foi dado pelos colonizadores no período de exploração do território que paralelamente disseminou essa população.
Atualmente, não há distinção entre os índios, apesar de cada tribo possuir suas particularidades, nesse contexto existe somente separação entre o índio e o homem branco. Existem controvérsias quanto ao número de índios que habitam o território brasileiro, isso sofre variações de acordo com quem desenvolve a pesquisa, por exemplo, o número de índios registrado pelo IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística) é maior que o resultado obtido pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio), a última só considera aqueles que vivem em reservas.O maior percentual de índios é apresentado no Estado do Amazonas, além do nordeste e no Centro-Sul do país, especialmente no Mato Grosso do Sul.Os índios brasileiros não possuem uma cultura comum a todas as tribos e grupos indígenas. Nesse contexto, são reconhecidos no Brasil 215 grupos distintos e 180 línguas diferentes.
Os índios brasileiros se diferenciam também segundo o nível de contato com o homem “civilizado”, desses são identificados os que vivem isolados (praticamente não há contato com brancos), os integrados (falam português e trabalham em cidades), existem ainda aqueles que mantém um contato ocasional e outros permanentes.
Independente do grupo indígena, o mais importante é valorizar as culturas e os costumes típicos de um grupo étnico que corre sério risco de extinguir e não existir ninguém para testemunhar a existência de determinado grupo social. Se compararmos o número da população indígena do período que os colonizadores aqui chegaram com os números atuais vamos perceber claramente que houve praticamente um extermínio desse povo, a ocupação do território brasileiro se deu através da retirada dos indígenas que aqui já habitavam e durante séculos o homem, dito civilizado, promoveu uma verdadeira expulsão desse povo.
 Dentre muito motivos que ocasionaram a diminuição drástica da população indígena no Brasil podemos destacar a falta de reservas para sua sobrevivência, mortes ocasionadas por conflitos, além da proliferação de doenças típicas de homem branco, como gripe, sarampo, coqueluche e muitas outras que, por não possuir imunidade a essas doenças até então desconhecidas, os índios quase sempre não sobreviviam.
Porém, esse processo se estabilizou a partir da década de 80 e o crescimento dessa população atinge atualmente 10%, resultado superior à média nacional de crescimento demográfico.

Analfabetismo no Brasil: A taxa de analfabetismo corresponde à porcentagem da população com 15 anos de idade ou mais que não sabe ler e escrever. No Brasil, conforme o Censo 2010, a taxa de analfabetismo está em 9,6%, o que corresponde a 13,93 milhões de pessoas. Esse número ainda é alto. Na Argentina e no Uruguai essa taxa está em torno de 3%, Paraguai e Chile 5%, na China 7%, nos países da Europa em torno de 0 a 1%.

Aproximadamente 25% dos municípios brasileiros apresentam taxas de analfabetismo iguais ou superiores a 25%. A cidade que apresenta o maior número de analfabetos é João Dias (RN), com 38,9% de sua população. No Nordeste brasileiro, a situação é mais delicada. Nos municípios de até 50 mil habitantes, 28% das pessoas são analfabetas. O agravante é na região do semiárido nordestino, com 24,3% da população, o que representa 8% a menos em relação ao ano de 2000.
No Brasil, a faixa etária mais crítica é a dos idosos, que representam 39,2% do total de analfabetos. Entre os jovens, de 15 a 24 anos, a taxa de analfabetos é de 2,5%. Programas como EJA (Educação de Jovens e Adultos) ganharam muito importância nos últimos anos, justamente para sanar essa problemática apresentada. Analisando o analfabetismo por cor ou raça, verifica-se que pretos* e pardos continuam sendo a parcela da população mais afetada. Enquanto os brancos tiveram uma taxa de 5,9%, pretos e pardos tiveram taxa de 14,4% e 13,0%, respectivamente. A taxa de analfabetos de pessoas residentes em favelas também é mais elevada em relação aos habitantes de áreas urbanas regulares. As pessoas residentes de áreas subnormais têm uma taxa de 8,4%, o dobro em relação a pessoas moradoras de áreas urbanas regulares.

As cidades mais populosas do Brasil : O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, sua área é de 8.514.876 Km2. A divisão territorial brasileira foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estabelecendo 26 Estados e um Distrito Federal. Atualmente existem 5.565 municípios brasileiros, sendo que muitos apresentam grande importância histórica, cultural, econômica, ambiental e populacional. Até 2010, 15 cidades brasileiras apresentavam população superior a 1 milhão de habitantes, 5 localizadas na Região Sudeste, 2 na Região Sul, 4 na Região Nordeste, 2 na Região Norte e 2 na Região Centro-Oeste.Demografia brasileira: Baseado no último Censo (2010), podemos afirmar que o Brasil tem uma população urbana, jovem, com predominância de pessoas do sexo feminino. O IBGE estima que 84% da população brasileira resida em áreas urbanas, sendo que mais da metade tem idade entre 15 e 64 anos, existindo aproximadamente 96 homens para cada 100 mulheres no país. Além do mais, a população chegou aos incríveis 190 milhões de habitantes. Ressalta-se, porém, que apesar de a população ser jovem, os índices de envelhecimento aumentaram bastante.

população brasileira cresceu muito nos últimos anos, havendo uma “explosão demográfica”. Para se ter uma ideia, o contingente populacional atual é mais que o dobro de 40 anos atrás. O que explica tal explosão é o crescimento vegetativo ou natural, que é a diferença entre os índices das taxa de natalidade e mortalidade.No passado, as taxas de natalidade eram altas, o que contribuiu para que a atual população brasileira fosse jovem. Contudo, verificou-se que os índices de natalidade vêm diminuindo, contribuindo para uma mudança no perfil demográfico brasileiro. As pessoas de 0 a 14 anos, por exemplo, representavam 29% total da população em 2000, enquanto que em 2010 diminuiu para 24% do total.
Essa queda das taxas de natalidade pode ser explicada por dois fatores: 1) modo de vida urbano, onde os casais têm menos filhos do que no meio rural; 2) adoção de políticas públicas visando o planejamento familiar, tais como campanhas a favor do uso de preservativos e anticoncepcionais, como também a disponibilização gratuita de cirurgias de ligadura de trompas e vasectomia. As taxas de mortalidade no Brasil também diminuíram sensivelmente, o que significa melhoria da qualidade de vida da população.
Esses dois fatores, taxas de natalidade e mortalidade, além do aumento da população, contribuíram também para o seu envelhecimento. Há, atualmente, cerca de 14 milhões de idosos no país (7,5% da população), sendo que em 2000 eram apenas 9 milhões (5,9% da população).
Outros indicadores importantes para verificar o padrão demográfico brasileiro e melhoria de sua qualidade de vida são a Expectativa de vida, taxa de mortalidade infantil e grau de escolarização. A expectativa de vida do brasileiro é de 71,7 anos, e vem aumentando nos últimos anos. A taxa de mortalidade infantil do país ainda é considerada alta, de 26%, porém vem diminuindo nos últimos anos. Em relação ao grau de escolarização, 9,6% da população não sabe ler e escrever, um dado também relativamente alto, mas é 4% menor em relação ao ano de 2000.                                                                                                                     População atual do Brasil:   Conforme dados divulgados pelo último Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 190.755.799 habitantes, sendo o quinto país mais populoso do mundo, atrás somente da China (1,3 bilhão de habitantes), Índia (1,2 bilhão de habitantes), Estados Unidos da América (317,6 milhões de habitantes) e Indonésia (232,5 milhões de habitantes).
Apesar de figurar entre os países mais populosos do mundo, o Brasil é pouco povoado, visto que sua densidade demográfica (população relativa) é de apenas 22,4 habitantes por quilômetro quadrado. Esse fato se deve à grande extensão territorial do país, característica que influencia diretamente na densidade demográfica, que é obtida através da divisão da quantidade de habitantes pela área total do país. A Região Norte, por exemplo, possui apenas 4,1 hab./km².                                                                                                       A população brasileira está distribuída nas Regiões da seguinte forma: Sudeste (80.364.410), Nordeste (53.081.950), Sul (27.386.891), Norte (15.864.454) e Centro-Oeste (14.058.094). Portanto, a Região Sudeste, apesar de ser a segunda menor em extensão territorial, é a que possui a maior quantidade de habitantes. A Região Norte, a maior em área, possui o segundo menor contingente populacional.
O IBGE é o órgão responsável pela contagem da população brasileira. Os dados são obtidos através de entrevistas domiciliares realizadas pelos recenseadores e, no censo de 2010, também foi possível responder um questionário pela internet. Essas informações são de fundamental importância para a elaboração de políticas públicas nas áreas da saúde, educação, segurança, entre outras.
Ano
População
1872
9.930.478
1880
14.333.915
1900
17.438.434
1920
30.635.605
1940
41.236.315
1950
51.944.397
1960
70.119.071
1970
93.139.037
1980
119.098.000
1991
147.305.524
2000
169.590.693
2010
190.755.799
Resultados dos Censos Demográficos 
O primeiro Censo Demográfico no Brasil foi realizado em 1872, totalizando 9.930.478 habitantes. Já em 1880, apenas oito anos após o primeiro censo, o contingente populacional brasileiro teve um aumento de 4.403.437 pessoas, passando para 14.333.915 habitantes. Outras contagens populacionais foram realizadas e, durante a década de 1970, com média de crescimento vegetativo superior a 2,5% ao ano, o país superou a marca de 100 milhões de pessoas.
O crescimento populacional brasileiro ocorreu de forma muito rápida. No ano de 1960, o Censo Demográfico contabilizou 70.119.071 habitantes. Sendo assim, em 50 anos (1960 a 2010) o país teve um aumento de 120.636.728 habitantes. Conforme estimativas do IBGE, a população nacional atingirá a marca de 260 milhões de pessoas até 2050, ou seja, um aumento populacional de quase 70 milhões de habitantes em relação aos 190.755.799 registrados no censo de 2010.

Urbanização Brasileira : O Brasil, até a década de 1960, era um país eminentemente agrícola, com 55,3% das pessoas morando na zona rural. Com o processo de modernização econômica brasileira e o seu projeto de integração nacional, na década de 1970 o país já tinha aproximadamente 55%% das pessoas morando nas cidades. Entende-se como urbanização o processo decorrente do crescimento maior da população urbana em relação à população rural. Um dos principais fatores que propulsionam a urbanização diz respeito à industrialização e, consequentemente, a divisão social do trabalho.

O modo de vida e o trabalho no campo são baseados na agricultura familiar e a produção de subsistência. A industrialização gera uma demanda de mão de obra e infraestrutura, como também desenvolve o comércio. No Brasil, tal fato rompeu com o isolamento dessas populações rurais, que passaram a procurar a cidade como meio de sobrevivência e perspectiva de melhores condições de vida. Entretanto, esse processo atingiu desigualmente o território brasileiro. Quando falamos que o Brasil se tornou urbano por volta da década de 1970 e 1980 é preciso ter em mente que estamos falando de todo o contingente populacional brasileiro. Analisando separadamente cada região geográfica aparecerão discrepâncias nessa urbanização. Tal discrepância tem raízes históricas na formação e integração do território.
A região sudeste foi a primeira a se urbanizar, na virada da década de 1950 para a de 1960. Os motivos são vários, tais como a industrialização em São Paulo; o Rio de Janeiro era o centro político-administrativo do país, até então; Minas Gerais, por ter sido a base da economia nacional com a mineração nos séculos passados. Isso acarretou um processo no Brasil inteiro: o êxodo rural em muitas regiões, principalmente no Nordeste, onde as pessoas passaram a migrar para o sudeste do país.
A região Sul se urbanizou no final da década de 1970, intensificando-se na década de 1980, em que a população urbana já era o dobro da população rural. Na região Centro-Oeste, com o advento da modernização agrícola, a urbanização ocorreu na década de 1980, em função do êxodo rural e migração de pessoas advindas do Sul. O Nordeste tornou-se urbano também na década de 1980, porém com as populações rural e urbana quase equitativas. A grande virada urbana ocorreu somente na década seguinte.  Na região Norte, a urbanização ocorreu, de fato, somente na década de 1990.

Fonte: IBGE, Censos Demográficos
Segundo o Censo 2010, realizado pelo IBGE, 84,4% da população brasileira reside no meio urbano. Em relação ao ano de 2000, houve um aumento de 3,2% nessa taxa. A região Sudeste é a mais urbanizada do Brasil, com um grau de urbanização de 92,9%. Depois, têm-se as regiões Centro-Oeste (88,8%), Sul (84,9%), Norte (73,5%) e Nordeste (73,1%). As Unidades da Federação com maiores taxas de urbanização são: Rio de Janeiro (96,7%), Distrito Federal (96,6%) e São Paulo (95,9%). Na contramão, os estados que apresentam as menores taxas são: Maranhão (63,1%), Piauí (65,8%) e Pará (68,5%). Portanto, ainda é visível essa urbanização desigual no território brasileiro.                                                                                                         O IDH dos estados brasileiros: A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), desenvolveu uma medida para estabelecer a qualidade de vida de uma determinada população (cidade, estado, país), que foi denominada Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Essa média varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximas de 1, maior o IDH de um local. Para se obter o IDH são analisados três aspectos:
- Escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa da vida escolar.

- Renda: obtida através da Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB per capita (calculado com base na paridade de poder de compra dos habitantes), entretanto, a RNB também considera os recursos financeiros enviados do exterior.

- Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população.

O Brasil tem apresentado evoluções em todos os critérios analisados para o cálculo desse índice, e, conforme dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o país detém alto IDH: 0,699, ocupando o 73° lugar no ranking mundial. Porém, ao estabelecer essa média em âmbito nacional, ocorre a homogeneização dos aspectos sociais de toda a população, desconsiderando as disparidades socioeconômicas no território brasileiro.
Ao analisarmos as médias de IDH dos estados do Brasil, ficam explícitas as diferenças sociais entre eles, com destaque para os elevados índices da Região Sul e os baixos IDHs dos estados nordestinos.
Obs.: Em novembro de 2010, a ONU, utilizando os novos critérios de cálculo, divulgou uma lista de IDH dos países. No entanto, esse novo método ainda não foi utilizado para os estados brasileiros. Sendo assim, o ranking nacional segue o modelo e dados divulgados em 2006 pelo Pnud:

1° Distrito Federal: 0,874.
2° Santa Catarina: 0,840.
3° São Paulo: 0,833.
4° Rio de Janeiro: 0,832.
5° Rio Grande do Sul: 0,832.
6° Paraná: 0,820.
7° Espírito Santo: 0,802.
8° Mato Grosso do Sul: 0,802.
9° Goiás: 0,800.
10° Minas Gerais: 0,800.
11° Mato Grosso: 0,796.
12° Amapá: 0,780.
13° Amazonas: 0,780.
14° Rondônia: 0,756.
15° Tocantins: 0,756.
16° Pará: 0,755.
17° Acre: 0,751.
18° Roraima: 0,750.
19° Bahia: 0,742.
20° Sergipe: 0,742.
21° Rio Grande do Norte: 0,738.
22° Ceará: 0,723.
23° Pernambuco: 0,718.
24° Paraíba: 0,718.
25° Piauí: 0,703.
26° Maranhão: 0,683.
27° Alagoas: 0,677.
Modernização e crescimento do Brasil: Durante o século XX, no campo econômico, o Brasil alcançou um bom índice de crescimento, se inseriu no grupo dos três países que mais alcançou níveis altos de ascensão, entre os anos de 1890 e 1980.

No ano de 1890, existiam restritas 50 nações independentes, e o Brasil não se colocava entre as vinte primeiras economias mundiais. Mais tarde, passados cem anos, em 1990 o mundo já apresentava outra configuração, agora com aproximadamente duzentas nações independentes, o Brasil também mudou o panorama de destaque diante do cenário mundial, ocupando a oitava economia com um dos maiores PNBs, era superado somente pelas nações potências, como Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e China.  No entanto, no final do século XX a economia brasileira deixou a condição de oitava economia, e nos primeiros anos do século XXI, foi superado por outras que apresentavam percentuais de crescimento maiores, isso se deve também ao baixo desempenho das atividades econômicas e sucessivas crises.
Apesar de perder o posto entre as principais economias do mundo, o Brasil conseguiu, durante esse período, ingressar no processo de modernização de uma forma acelerada e intensa. Na segunda metade do século XX presenciou um grande desenvolvimento industrial e, conseqüentemente, de urbanização que deu origem a um país razoavelmente moderno, de característica urbana, industrializado e de economia complexa, que coloca em evidência a diferença em relação ao país no século XIX, que tinha na produção de café e demais atividades rurais as fontes de receitas.                                                                                                                    As transformações e avanços ocorridos na economia e no sistema produtivo produziram reflexos também na ordem social, os serviços de infra-estrutura puderam ser oferecidos à população, proporcionando uma melhor qualidade de vida, dos quais se destacam o acesso à eletricidade, água tratada, acesso aos meios de comunicação em massa como o rádio, televisão, aumento na expectativa de vida e diminuição nas taxas de analfabetismo e mortalidade infantil.Salvo que as transformações foram acontecendo de forma isolada e parcial, pois o país apresenta dados desanimadores em relação às taxas de analfabetismo que ultrapassam os 15 milhões de pessoas com mais de 15 anos, índices raros em comparação com a maioria das nações, além disso, milhões de residências não contam com o serviço de esgoto e água tratada.

Diante das mudanças apresentadas podemos constatar que tais evoluções tiveram ligadas aos setores financeiros como a economia e a indústria, e o humano foi tratado com displicência, pois a camada de pobreza cresce assustadoramente, e acentua continuamente as desigualdades sociais no Brasil

Atividades econômicas: empregados, desempregados e inativos no Brasil: O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza pesquisas sobre o panorama do emprego e atividades econômicas desempenhadas pela população, o resultado dessa pesquisa é obtido a partir de entrevistas, dessa forma o instituto considera como PEA (População Economicamente Ativa) todos aqueles que trabalham ou que estão à procura de emprego.O grupo de pessoas ocupadas é composto por trabalhadores inseridos no setor formal e informal.                                                                                                                                         O primeiro representa todas as pessoas que trabalham com vínculo empregatício (direitos trabalhistas como carteira de trabalho assinada, ordenado mensal, 13º salário, férias entre outros), além dos profissionais liberais, esses correspondem àqueles que atuam na prestação de serviços tais como advogado, economista entre outros. O segundo diz respeito ao conjunto de pessoas que atuam de forma autônoma e/ou informal, ou seja, subempregos que não tem vínculo empregatício mas que, no entanto, conseguem obter renda. É considerado trabalho informal: camelôs, diaristas, guardadores de carros, vendedores ambulantes, bóias-frias, artesãos, barraqueiros, etc. É bom destacar que o trabalho formal contribui para o sistema tributário, já o informal não colabora com o sistema.                                                                                                                                Os trabalhadores desempregados se enquadram no PEA, pois são enquadrados numa condição temporária, devido a sua participação no mercado de trabalho.
Quando a taxa de desemprego sofre aumentos, automaticamente é repassado aos valores dos salários pagos, que é diminuído, esse processo é decorrente da grande oferta de mão-de-obra disposta no mercado.
São considerados trabalhadores inativos aqueles que na semana da coleta dos dados do instituto de pesquisa não saíram em busca de trabalho, dessa forma quem não está à procura de trabalho é tido como inativo.
Nos países centrais a população considerada como ativa atinge cerca de 50%, em contrapartida nos países periféricos esse número é superior, uma vez que os jovens e os idosos têm necessidade de trabalhar para sobreviver, sendo que o primeiro ajuda no orçamento familiar e o segundo para acrescentar nos valores das aposentadorias.

Regiões Geoeconômicas do Brasil: Uma das várias regionalizações existentes sobre o território brasileiro é a regionalização geoeconômica, que divide o país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Essa divisão caracteriza-se por não considerar a divisão política entre estados ou municípios, obedecendo somente a critérios econômicos e sociais. Tal divisão é importante no sentindo de facilitar a compreensão acerca das relações de ligação e interdependência no território brasileiro. Em linhas gerais, as três grandes regiões dessa divisão atendem a determinadas características: o Nordeste é a região com mais problemas sociais, o Centro-Sul é a região mais industrializada e a Amazônia é o território onde se encontra a fronteira agrícola e de povoamento do país. Em termos de cronologia da ocupação do território, o complexo regional do Nordeste foi o primeiro do país a ser povoado pelos povos colonizadores. Em seguida, essa ocupação se entendeu ao Centro-Sul e, atualmente, encontra-se avançando pelo complexo da Amazônia.

Complexo regional Nordeste: O complexo regional do Nordeste ocupa 20% do território nacional e abriga cerca de 25% da população total. Essa região assistiu, a partir do final do século XIX, a um processo de emigração em massa para a região Centro-Sul do país. Entretanto, no início do século XXI, o que se percebe é um fluxo migratório em movimento oposto, o que representa uma espécie de “retorno” da população para o Nordeste. Essa região geoeconômica foi a primeira no país a ser povoada e já abrigou a primeira capital brasileira: Salvador. Com a expansão e industrialização do país concentrada na região centro-sul, a região nordestina passou a ser vista como uma região problema, em razão da má distribuição de renda e das condições precárias de parte da população. É importante lembrar, porém, que as condições de fome e miséria existem em todo o território brasileiro e não são exclusividades do Nordeste. Por se tratar de um complexo regional muito heterogêneo, o Nordeste é dividido em quatro principais sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.
Complexo regional Centro-Sul: A região centro-sul do Brasil é a mais populosa, mais industrializada e considerada a mais desenvolvida do país. Ela possui uma área de aproximadamente 2,2 milhões de km², cerca de 70% da população e 78% do PIB brasileiro. Nesse complexo regional estão localizadas as duas megalópoles ou cidades globais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região recebeu grandes quantidades de imigrantes provenientes do Nordeste ao longo do século XX. Apesar dos avanços e do desenvolvimento econômico, é nessa região que se encontram os maiores contrastes e a mais acentuada concentração de renda do país. Trata-se, portanto, de uma região extremamente heterogênea, possuindo uma economia tanto industrial quanto agrícola.
Complexo regional Amazônia:  É a maior das regiões geoeconômicas do país, com uma área que se aproxima a 5 milhões de km². É também a região menos industrializada e que apresenta as menores densidades demográficas do país. Em vários pontos dessa região encontram-se áreas denominadas como “vazios demográficos”, de modo que a maior parte da sua população se encontra nas duas principais cidades: Belém e Manaus. É no complexo regional da Amazônia que se encontra atualmente a fronteira agrícola do país. Por fronteira agrícola entende-se a porção do território em que os domínios naturais estão sendo substituídos pelo avanço da agricultura. É comum em muitas áreas dessa região a prática de crimes ambientais e conflitos pela posse da terra. Apesar da baixa dinâmica econômica e do baixo índice de industrialização, a região conta com dois importantes centros industriais, a saber: a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras. Destacam-se ainda as práticas da agropecuária, do extrativismo vegetal e da mineração.

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